Uma preocupante denúncia efetuada pela organização não-governamental Rio Paraná, da Argentina, dá conta de que a água do principal rio da região trinacional estaria sendo extraída nas imediações de sua foz e levada no porão de cargueiros até países do Oriente Médio e do norte da África.
No Paraguai, a notícia figurou com destaque na pauta da agência pública IP Paraguay, mantida pelo governo. Conforme o relato, o “negócio” estaria sob responsabilidade da empresa Makhena SA, com sede em Miami (EUA) e filial em Buenos Aires.
“Eles vêm de barco, levam a água e vendem do outro lado do Atlântico, sem maiores restrições da estrutura jurídica nacional ou provincial. Assim de desmedido e paradoxo é como empresas internacionais vendem pela internet a água dos rios argentinos no Oriente Médio e na África”, reza a denúncia.
A cada viagem, segundo os ambientalistas, quantidades entre 60 e 70 toneladas de água doce, sem tratamento, são enviadas como “lastro” das embarcações às referidas regiões. O valor da água comercializada superaria, inclusive, o das cargas oficialmente transportadas pelos navios.
Paraguai
Enquanto isso, do lado paraguaio da fronteira, sindicalistas da Empresa de Serviços Sanitários do Paraguai (ESSAP), estatal responsável pelo fornecimento de água em cidades como Asunción e Ciudad del Este, alertam para a já crônica falta do líquido vital durante os meses mais quentes do ano.
Apesar da abundância de recursos hídricos no país, as insuficientes redes de transmissão fazem com que grande parte da população paraguaia enfrente problemas para a obtenção de água para consumo ou suprimento das demais necessidades cotidianas.
Em Ciudad del Este, empresas privadas operam redes paralelas de tubulação, o que não significa, no entanto, melhoria na qualidade do serviço. Um dos casos é o da empresa Mers Corporation, cuja “água marrom” foi alvo de reportagem publicada pelo Diário Vanguardia (clique aqui para ver a imagem).
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