A descoberta de uma “fábrica” de relógios piratas na loja Oriental Brasil, situada no subsolo do Shopping Americana, de Ciudad del Este, continua rendendo pauta na imprensa do país vizinho, com a denúncia de supostas irregularidades cometidas durante o procedimento judicial.
Nesta terça-feira (26), Yolanda Paredes (foto), advogada da empresa, denunciou o promotor Federico Torres, do Ministério Público local, sob a alegação de que US$ 7 mil, referentes à arrecadação da loja na última sexta-feira (22), dia da intervenção, “desapareceram” após a passagem da comitiva.
Paredes alega, também, que os relógios e peças apreendidos no local são originais e que as máquinas encontradas servem, na verdade, para a reparação de modelos avariados, conforme estabelece a garantia oferecida pelas marcas a seus clientes.
Na opinião da advogada, o procedimento, realizado no início da noite, depois do horário legal estabelecido, teria violado as regras determinadas pela própria justiça e seria fruto de uma “perseguição” aos proprietários da loja Oriental Brasil, vistoriada pela segunda vez em pouco mais de seis meses.
A respeito, Eber Ovelar, representante-adjunto do Ministério Público do Paraguai na região de Ciudad del Este, informou ao Diário Vanguardia que acatou a denúncia feita pela representante da empresa, manifestando, por outro lado, confiança no trabalho do promotor responsável pela causa.
Federico Torres, por sua vez, disse crer que a denúncia de abusos no procedimento judicial, autorizado pela juíza Alba García de Zúñiga, teria como objetivo desviar a atenção e prejudicar o trabalho de peritos e investigadores.