Está confirmada a presença do ministro dos Transportes, Anderson Adauto, na abertura do Seminário “Corredor Ferroviário Bioceânico para Integração e Desenvolvimento Santos-Antofagasta”. O evento será realizado nos dias 4 e 5 de fevereiro, no Centro de Convenções Rubens Gil de Camillo, em Campo Grande, com a participação de representantes de províncias do Paraguai, Argentina, Bolívia e Chile, prefeitos das cidades servidas pela antiga Novoeste do Brasil (Bauru-Corumbá) e diretores do consórcio formado pelas empresas RTZ Mineração, Odebrecht, Vale do Rio Doce, Cargil, Brasil Ferrovias e Ferrovia Oriental, responsável pela recuperação da ferrovia.O governador de São Paulo, Geraldo Alkmin (PSDB), é convidado especial do governador Zeca do PT para o evento, tendo em vista seu interesse pelo projeto e por já haver se disponibilizado a colaborar para sua realização. Para atravessar o continente de trem, basta recuperar o trecho entre Bauru (SP) e Corumbá (MS), o que deve ser feito ainda nesse ano com investimento de R$ 76 milhões da iniciativa privada. Dessa forma estará concretizada a primeira ligação bioceânica ferroviária Atlântico-Pacífico, encurtando em mais de 7 mil quilômetros a distância entre o Brasil e a Ásia. Na última sexta-feira foi realizada uma reunião preparatória do Seminário, na Governadoria, em que assessores do governo do Estado e do Ministério dos Transportes deram formato ao evento. Entre autoridades dos cinco países e empresários, devem participar cerca de 150 pessoas. Por se tratar de um evento internacional, o Ministério das Relações Exteriores mandará representante e será montado um esquema especial de segurança envolvendo as polícias Federal e Militar. O empenho de Zeca do PT no projeto se justifica por representar o resgate da antiga Ferrovia Novoeste do Brasil, estrada que trouxe o desenvolvimento ao Estado e que desde sua privatização, há duas décadas, vem sendo “criminosamente sucateada” até chegar ao completo abandono, conforme tem afirmado reiteradas vezes o governador. “Atrás do trem de carga vem o trem de passageiro”, explicou Zeca, que defende a exploração turística da estrada de ferro.
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