Apontado como um dos líderes de uma quadrilha especializada em fraudar licitações e vender produtos alimentícios estragados à Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), ao governo do Amazonas, à Prefeitura de Manaus e ao Exército Brasileiro, o empresário José Maurício Gomes de Lima, que estava foragido desde sexta-feira, 11, quando foi deflagrada a Operação Saúva, se apresentou neste sábado à superintendência da Polícia Federal no Amazonas. O irmão de Maurício, o empresário Cristiano da Silva Cordeiro, é apontado pela PF como a "rainha das saúvas". Ambos são donos de distribuidoras de produtos alimentícios e acusados de corromperem funcionários da Vigilância Sanitária de Manaus, servidores da Secretaria de Educação do Amazonas, coronéis e tenentes do Exército, a fim de fraudarem licitações.Ao todo, 31 pessoas estão presas no Estado, entre elas o secretário executivo da Fazenda, Afonso Lobo, e um assessor do vice-governador Omar Aziz (PMN), acusados de integrarem um esquema que teria movimentado R$ 354 milhões, em seis anos. Apenas um membro da quadrilha - um capitão do Exército, que passa férias na França - falta ser preso pela PF. A Operação Saúva foi realizada em seis Estados e no Distrito Federal.