O campeão mundial de boxe superpena Acelino Freitas, o Popó, apoiou hoje, a atuação do Tribunal Superior do Trabalho no combate ao trabalho infantil e comprometeu-se a apoiar iniciativas do TST destinadas nessa área. Em solenidade no TST, o lutador emocionou-se ao relatar a infância pobre e disse que veio a Brasília especialmente para apoiar a luta do TST não como Popó, mas como Acelino Feitas. "Passei fome, mas mudei o rumo de minha vida com unhas e dentes", disse. Para olutador, faltam oportunidades para que crianças e adolescentes pobrespossam ter uma vida digna. O presidente do TST, ministro Francisco Fausto, destacou a importância de parcerias com personalidades como o pugilista, "do qual todos nós, inclusive as crianças, somos fãs de carteirinha", para chamar a atençãoda sociedade para problemas graves como esse que exigem iniciativas de todos os setores. Francisco Fausto disse que a Justiça do Trabalho só atua quando é demandada, mas o TST tem se empenhado em atuarpoliticamente contra práticas como essa.Para o presidente do TST, o trabalho infantil é um fenômeno mais difícil de acabar do que o trabalho escravo, pois tem suas raízes na própria cultura do País, principalmente do Nordeste. Ele citou o caso das chamadas "crias de família", crianças que têm assistência médica e vão à escola, mas realizam trabalho doméstico. "Isso compromete o futuro da criança, porque elas são tiradas do lazer e da educação para realizar tarefas domésticas", disse. O ministro também citou os casos mais graves, como os das crianças que realizam trabalho penoso, em locais insalubres ou perigosos.Popó citou a Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílio (Pnad) que aponta 1,9 milhão de crianças e adolescentes de 7 a 14 anos fora da escola. "Isso é falta de oportunidade", enfatizou. O lutador destacou aimportância do trabalho, mas ressalvou que "tem de ter o momento certo, a hora certa". Ele deu destaque também à formação da criança em casa, como a que recebeu dos pais, e lamentou a presença de crianças nossemáfaros das grandes cidades, pedindo esmola, muitas vezes acompanhadas dos próprios paais.Na cerimônia estiveram presentes os ministros Vantuil Abdala (vice-presidente do TST), Rider de Brito, Luciano Castilho, João Oreste Dalazen, Carlos Alberto Reis de Paula, Ives Gandra Martins Filho, Maria Cristina Peduzzi, José Simpliciano e Lélio Bentes e juízes convocados.
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