Mesmo com a decisão judicial de reintegração de posse de área em frente ao anel viário na saída para Sidrolândia, em Campo Grande, integrantes do MST (Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra) devem continuar a chegar no acampamento, montado em frente à rodovia desde o dia 12 último. Segundo o advogado Mário Morandi, que defende o grupo, há aproximadamente 70 famílias vivendo no local, mas outras devem chegar porque a decisão dos acampados é de não deixar a área.“A situação é de apreensão, mas eles irão aguardar”, revelou. O advogado afirmou que o grupo ainda não tem certeza se a Prefeitura foi notificada da decisão judicial, mas ele entrou com outra ação para que o município recebesse a intimação. Moradi explica que há receio de que o poder municipal tenha o mesmo comportamento da primeira desocupação do local, feita pela madrugada e que foi considerada truculenta pelo grupo. Na ação, comandada pelo presidente da Emha (Empresa Municipal de Habitação), Carlos Marum, uma criança teria sido ferida, o que resultou no registro de boletim de ocorrência.Moradi disse ainda que o ouvidor agrário, Ulisses Duarte, está a par da situação e chegou a acompanhar a devolução de pertences, na última semana, aos sem-terra. Os pertences foram apreendidos durante despejo.