Já há algum tempo, pode-se dizer que o jornalismo se encontra no meio de um furacão, entre as oportunidades e os desafios que a profissão faz face a revolução digital pela qual passamos.
Durante séculos, o jornalismo passeou por diversas mídias. Desde o seu surgimento, fruto da invenção da imprensa, com os primeiros jornais e revistas do século XVII, passando para o rádio e a televisão no século XX. A cada novo ciclo tecnológico, uma nova forma de lidar com a notícia e informar.
Contudo, na última década, com o boom da internet, as mídias, em vez de conviverem lado a lado, passaram a convergir-se. Gradativamente, texto, áudio e imagem foram ocupando a rede mundial de computadores. A nova mídia internet abraçou e engoliu todas as suas antecessoras, provocando mudanças profundas no meio jornalístico e cultural.
Em 2009, a circulação dos maiores jornais brasileiros recuou 7%, segundo o Instituto Verificador de Circulação, seguindo uma tendência mundial. Recentemente, a imprensa francesa noticiou que em 20 anos a circulação diária de jornais no país caiu pela metade. Brasil e EUA têm números semelhantes.
Nesse contexto, cabe a pergunta: qual é o futuro do jornalismo no século XXI? Felizmente, as crises também trazem oportunidades. Ao mesmo tempo em que a internet pode estar asfixiando os jornais, ela dá oportunidades para que novas figuras surjam. Afinal, nesses tempos, os jornalistas, mesmo aqueles situados no interior do país [como é o nosso caso aqui em Mato Grosso do Sul], não dependem mais de um veículo para divulgar as notícias. Na verdade, todos podem se tornar produtores e distribuidores de informação na internet.
A própria internet vem abraçando muitos jornalistas, que têm migrado dos jornais para os portais de notícia. Sua atuação é diferente: todos devem ser multimídia. O jornalista do século XXI deve saber produzir textos, gravar podcasts, fotografar e fazer vídeos. As pessoas têm mudado a maneira pela qual acessam as informações, por isso os profissionais das notícias também devem mudar a maneira com que a disponibilizam.
Se alguns pesquisadores acreditam que a maioria dos jornais impressos não sobreviverá por mais de 20 ou 30 anos, outros apontam que os jornais mudarão de característica, deixando de lado o texto informativo e assumindo um caráter mais interpretativo.
O certo é que o grande fiel da balança do jornalismo ? em qualquer época e mídia ? é e sempre foi o conteúdo. As pessoas podem até serem convencidas a visitarem um site, mas só voltarão a ele e só se tornarão frequentadores dele se este tiver algo a oferecer-lhes em termos de conteúdo. O mesmo mecanismo se aplica aos compradores de jornais e de revistas. Sob esse aspecto, o jornalismo permanece o mesmo.
O jornalismo passa por uma transição que ninguém sabe ao certo aonde chegará. No entanto, os jornalistas não podem esquecer que a divulgação da informação é o coração de sua profissão. Não importa em qual mídia. E por essa missão tão importante é que parabenizo todos os filiados do Sinjorgran por esses 23 anos de luta pela consolidação de nossa profissão. Sabemos que ainda há muito trabalho pela frente e muitos ideais a serem alcançados. No entanto, os primeiros passos estão sendo dado rumo à valorização do profissional e a consolidação da categoria!
(*)Jornalista e vice-presidente do Sinjorgran
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