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CULTURA

Em livro, pesquisador do MS questiona o papel do jornalismo como mercadoria e ferramenta de guerra

17 janeiro 2025 - 15h51Por Da Redação

O jornalista e historiador, Helton Costa lançou no início deste mês, o livro “No alvo: reflexões sobre o uso do Jornalismo como mercadoria e arma de desestabilização social “(Editora Matilda). O texto que está dividido em oito capítulos, disponível gratuitamente na versão online e a preço de custo em lojas e livrarias virtuais no país. Helton cresceu em Ponta Porã, mas é nascido e cursou a graduação em Dourados, onde também foi jornalista por quase nove anos. Atualmente mora em Ponta Grossa/PR.

Na obra, o autor analisa criticamente a evolução do jornalismo desde seu surgimento, desvendando sua transformação de ferramenta de informação em mercadoria e, em tempos de conflito, em arma de desestabilização social.

Através de uma análise histórica, o autor explora a influência de valores-notícia, rotinas de trabalho e a crescente presença do usuário como emissor de informação, demonstrando como o jornalismo se tornou um produto sujeito às demandas do mercado e às estratégias de poder. “Tentei refletir e colocar no papel, algumas questões que me inquietam enquanto pesquisador e enquanto trabalhador da notícia. Para isso, usei bibliografias especializadas, meu conhecimento prático e também a experiência de 14 anos como professor de Jornalismo. Aliei ao assunto, questões históricas que perpassam a profissão e que fazem do jornalismo algo fascinante e, ao mesmo tempo, extremamente desafiador. O resultado foi interessante e creio que todo mundo que quer conhecer como funcionam as relações políticas do jornalismo com o mercado e com o Estado em tempos de guerra, deveria conhecer”, explica Helton.

Atual e realista

Helton também aborda a prática do jornalismo de guerra, com foco na obra de Phillip Knightley, e examina as revoluções coloridas e as guerras não-convencionais, revelando a utilização do jornalismo como ferramenta de guerra psicológica. “Quando o jornalismo vira arma de guerra, se torna uma ferramenta muito eficaz e muito perigosa quando posta a serviço de pessoas mal intencionadas”, afirma o autor.

“No alvo” também apresenta um panorama do cenário atual, marcado pela deslegitimação do jornalismo tradicional e pela ascensão de influenciadores digitais; aborda a pós-verdade, o papel das big techs e o uso de inteligências artificiais como armas de desinformação e mesmo de manipulação. 

O livro finaliza com um conjunto de propostas para a revitalização do jornalismo. “Penso que o trabalho é uma obra essencial para profissionais de comunicação, estudantes, pesquisadores e todos que buscam compreender o papel do jornalismo na sociedade contemporânea e as ameaças que ele enfrenta”, argumenta Helton.

O livro já está disponível

O download gratuito pode ser feito clicando aqui

Já para quem prefere a versão impressa a preço de custo, clique aqui.

Sobre o autor

Helton Costa é doutor em Comunicação e Linguagens, mestre em Comunicação, especialista em Estudos da Linguagem e em Arqueologia e Patrimônio; bacharel em Jornalismo e licenciado em História. Pós-doutor em História pela Universidade Federal do Paraná. Autor de: Confissões do Front: soldados do Mato Grosso do Sul na II Guerra Mundial; Crônicas de sangue: jornalistas brasileiros na II Guerra Mundial; Dias de Quartel e guerra: diário do Pracinha Mário Novelli; Camarada pracinha, amigo partigiani: anotações brasileiras sobre a resistência italiana na II Guerra Mundial; Ao alcance da morte: ensaio sobre o estado psicológico dos soldados da FEB na Segunda Guerra Mundial; Soldado 4.600: vida e luta do pracinha Manoel Castro Siqueira; Soldado Justino: um sobrevivente da FEB; Dever e honra: veteranos da FEB legalistas e militantes de esquerda contra ditaduras e golpes no Brasil – 1945-1995; de Estrada para Assunção: imagens e memórias da Guerra do Paraguai/Tríplice Aliança, 160 anos depois; de Obituários de campanha: soldados brasileiros mortos na Segunda Guerra Mundial e de No alvo: reflexões sobre o uso do Jornalismo como mercadoria e arma de desestabilização social.

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