Documentário "Do analógico ao digital" inicia exibições gratuitas em escolas de Dourados

Circuito de exibições começou no Instituto Federal de Dourados e seguirá por 10 escolas públicas da região - Crédito: Divulgação

No dia 4 de abril, a equipe do documentário “Do analógico ao digital” deu início ao circuito de exibições gratuitas em escolas públicas, começando pelo Instituto Federal de Mato Grosso do Sul – campus Dourados. O projeto, que nos próximos meses percorrerá dez instituições de ensino em Dourados e Itaporã, foi selecionado pelo FIP – Fundo de Investimentos à Produção Artística e Cultural, da Secretaria Municipal de Cultura e da Prefeitura de Dourados.

A equipe foi recebida pela professora Crys Evellyn, que acompanhou os visitantes até uma sala do Bloco C, onde estavam os alunos do terceiro ano do curso técnico de Informática. Antes da exibição, a professora, que já havia assistido ao documentário no YouTube, fez um breve depoimento sobre a importância de conhecer a história cultural da cidade, destacando o valor da produção para os jovens.

Após a apresentação do filme, o diretor Danilo Capilé conduziu uma conversa com os alunos sobre a cultura hip hop e sua importância social, principalmente para a juventude da periferia. Em seguida, a fotógrafa Giovana Lhopi compartilhou sua experiência ao conhecer mais de perto essa cultura e relatou os desafios e conquistas de ser uma mulher atuando em um espaço majoritariamente masculino. O filmmaker Jean Ribeiro falou sobre o processo de edição do documentário, feito no próprio campus do IFMS, e finalizou com uma intervenção poética, rimando com a participação dos alunos.

Lançado em agosto de 2024, o documentário “Do analógico ao digital: o hip hop em Dourados” resgata a trajetória dessa cultura na cidade desde o final dos anos 1990 até os dias atuais, abordando temas como racismo, empoderamento feminino, causas indígenas, deficiência e o impacto da cultura na vida de jovens das periferias. A produção é assinada por Danilo Capilé (direção), Jean Ribeiro (filmagem e edição), Giovana Lhopi (fotografia) e Luciano Serafim (jornalismo e comunicação).

O circuito seguirá nas próximas semanas por outras escolas, levando cultura, diálogo e reflexão para dentro do ambiente escolar.