Fazer o país crescer, preservando empregos e renda, é o grande desafio de cada um de nós em 2013. Passadas as festas do final do ano, é hora de colocar as duas mãos na massa, sem levar em consideração o slogan de que o país somente costuma voltar ao normal após o Carnaval – neste ano, 12 de fevereiro. Não há tempo a perder.
Governo, empresários e trabalhadores precisam acreditar que é possível, sim, reverter as expectativas um tanto pessimistas em relação ao crescimento do PIB, que ficou abaixo do esperado em 2012. Basta que cada um faça a sua parte e que os médios grandes empresários mergulhem nessa empreitada, seguindo o exemplo dos empreendedores que estão à frente das mais de 6 milhões de micros e pequenas empresas, responsáveis pela maior parte das contratações e manutenção do emprego, como ocorreu em 2012.
Acreditar e trabalhar. Esse é o caminho. Do governo e seus agentes, além do otimismo que a presidente Dilma tenta passar, se espera mais seriedade e controle nos gastos, uma máquina estatal mais enxuta e sem empreguismo, mais empenho na execução das grandes obras de infraestrutura programadas, além de empenho nas reformas mais urgentes, como a tributária, a trabalhista e da Previdência. E tudo isso acompanhado de tolerância zero à corrupção, uma praga que insiste em sobreviver no meio político e econômico.
Do Poder Legislativo se esperam menos polêmicas indigestas para a maioria da Nação e mais compromisso com as reformas e na busca de soluções para os grandes problemas do país, seja na área econômica, política, educacional, da saúde etc., seja na defesa das minorias e dos mais necessitados. É um tanto frustrante vermos nossos parlamentares transformados em meros debatedores de Medidas Provisórias baixadas pelo Executivo. Neste início de ano, antes mesmo da retomada das atividades parlamentares em 4 de fevereiro, já são sete as MPs à espera de análise por comissões mistas da Câmara e Senado. E há ainda outras seis MPs (598 a 602) que sequer foram lidas em Plenário.
Dos grandes, médios, pequenos e micro empresários espera-se arrojo para investir e criar empregos. A presidente Dilma já deu provas de que está empenhada nessa empreitada, ao adotar a desoneração da folha de pagamentos e a redução de impostos, como o IPI, para setores de grande potencial de geração de empregos. Mas, se as grandes e médias empresas são responsáveis pela maioria dos empregos e pelo grosso da massa salarial, não se pode ignorar a força das pequenas empresas e das micros, com até quatro empregados, especialmente em tempos de crise. As MPEs responderam pela maioria das contratações de janeiro até o final de novembro de 2012 - nada menos do que 1,13 milhão, contra 286 mil postos preenchidos por grandes e médias empresas.
Somente em novembro passado, por exemplo, as MPEs fizeram 90.950 contratações, contra 44.855 demissões pelas grandes e médias, ficando as MPEs responsáveis pelo salto positivo do emprego no mês.
Além da melhor preparação dos empreendedores, que veem no próprio negócio mais uma oportunidade do que uma necessidade, o avanço das MPEs, que são hoje 99% do total de empresas do país, também se deve ao apoio de programas como o MEI (Microempreeendedor Individual) e Simples Nacional, que facilitam a formalização e reduzem o cipoal tributário, além do Refis, que facilita a renegociação de tributos devidos.
Se cada um de nós - não importa se professor, cientista ou médico; político, servidor público ou juiz; empregado ou profissional liberal; dono de empresa ou trabalhador do campo – fizer a sua parte, acreditar e trabalhar com seriedade e honestidade, o Brasil com certeza chegará ao final do ano mais rico, mais bonito e mais justo.
(*) Glauco Pinheiro da Cruz é consultor e diretor do Grupo Candinho Assessoria Contábil
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