A maioria dos universitários da UEMS e UFGD são de outras cidades, bem como muitos dos professores e desconhecem o nome da região. Parte dela pertence ao distrito de Picadinha, antigamente chamado de Picada do Romualdo, cujo nome de muitas propriedades adjacentes ainda consta em suas escrituras no cartório de registro de imóveis de Dourados.
Há necessidade de maior divulgação de nossa história, não de apelidos como cidade universitária, um costume habitual para atender interesses de uma minoria. O poder público municipal devia há muito tempo ter sinalizado o local com uma placa. Nossa Câmara Municipal, apesar de vários pedidos da sua população nunca se interessou. Como é final de mandato, vamos cobrar da próxima administração.
O professor Ênio Ribeiro, ali teve um restaurante na época, interessado pela história local, fez um trabalho de resgate de muitos
fatos históricos. Eu tive o prazer de colaborar com ele, afinal nasci e morei a cinco quilômetros dali, presenciei e ouvi de meu pai muitas
histórias, afinal ele administrou a casa Cerrito, de 1937 a 1940. Ela atendia toda região, como os fazendeiros, a população indígena da
aldeia bororó, principalmente, local com destino a Ponta Porã, Maracaju, Itahum, cabeceira do Apa.
Várias pessoas ali residentes, nascidas no local, moradores há muitos anos, hoje já falecidas, deram depoimentos muito importantes como João Pedroso, Aristides Rodrigues de Melo, Ranulfo Rodrigues e o borracheiro Gumercindo.
Colaborou também o Sr. Alkindar de Matos Rocha, nascido na Aldeia Jaguapiru, hoje com 87 anos, vive em nossa cidade, cujo pai foi chefe
do SPI, hoje FUNAI, Sr. Antonio Alves Rocha (nhonhô) o proprietário da Casa comercial Cerrito.
Nhonhô vendeu o comercio para o parente, Sr. Juca de Matos, mudou-se para a cidade de Dourados, instalou a farmácia popular na Avenida
Marcelino Pires em 1949, hoje pertence ainda à família, sendo a mais antiga de Dourados em atividade.
Na sua parte interna está a foto do fundador do empreendimento.
*Advogado e produtor rural na Picadinha