O metalúrgico, José Cicero da Silva de 54 anos, há mais de 10 anos alegra crianças carentes de um bairro da cidade e também das aldeias de Dourados, com a entrega de doces no ‘Natal’. O exemplo de solidariedade e amor ao próximo, veio ao lembrar de quando era criança. Por ser de família humilde e não ter o que comer para comemorar a data, quando adulto teve a ideia de entregar as guloseimas. Com isso, usa parte do décimo terceiro salário para comprar os doces e realizar a entrega.
“Há mais de 10 anos que faço isso. Sou de uma família humilde, quando criança chegava nesse dia que é de celebração e não tínhamos uma bala, apenas a comida necessária mesmo. Então com o passar dos anos, depois que me casei veio a ideia de entregar doces em bairros carentes”, explica José.
Segundo ele, com a lembrança da infância o metalúrgico decidiu que com pouco, poderia fazer a data diferente para algumas crianças da cidade.
Além dele, a filha, o genro e um vizinho também ajudam como pode, com dinheiro e na organização dos presentes. José ainda se veste de Papai Noel e segue para a Vila Valderez e nas duas aldeias de Dourados (Boróro e Jaguapiru) e assim alegrando as crianças.
“Com o passar dos anos minha filha, genro e um vizinho tem me ajudado, apoiado a minha ideia. Se eu pudesse eu não faria apenas no dia de Natal, mas sim todos os dias pois tem muitas crianças carentes. Me sinto muito feliz em celebrar o dia com elas”, completou.
De acordo com José, ele iniciou com 40 saquinhos (com balas, pirulitos, doces, goma entre outros) e hoje já somam 700, para alegar as crianças na data. Para ele o momento não é de caridade e sim de comemoração, em compartilhar com as crianças esse momento.
Na manhã de Natal, José segue para a Vila Valderez e percorre as ruas entregando os saquinhos para as crianças. Já no período da tarde é a vez das aldeias Bororó e Jaguapiru, que recebem a visita do Papai Noel.
Questionado o porquê dos locais, ele conta que tem outros pontos da cidade que poderiam receber, mas como a quantia que distribui ainda é pequena não teria como seguir para locais maiores.
“Como disse se eu pudesse faria todos os dias, mas infelizmente a minha condição ainda não é possível, mas eu vou nesses locais pois comecei por eles, tenho vontade de ir nos assentamentos, lá as crianças também não têm acesso a isso, mas ainda não foi possível, e faço de uma forma que nenhuma criança fique sem, por onde eu passar”, pontuou.
Ele disse ainda que há dois anos vem recebendo ajuda de outras pessoas, e conta que são muito bem vindas. Para este ano ele não está mais recebendo os doces, até porque as entregas já estão todas separadas e embaladas, mas para o próximo ano as pessoas que quiserem podem doar.
“Esse ano recebi algumas doações de pessoas que ficaram sabendo da ação, pois no ano passado foi divulgado e então me procuraram. Mas como já vou realizar a entrega amanhã, não tem como eu receber mais, a não ser que já esteja embalada. Para o ano que vem, as pessoas podem me procurar no meio do ano, quando já começo me organizar para não ficar para a última hora e ser aquela correria, já que temos outros afazeres”, enfatizou.

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