O Departamento de Vigilância Epidemiológica da Secretaria Municipal de Saúde de Dourados confirmou 14 casos positivos de Covid-19 entre alunos indígenas atendidos na Reme (Rede Municipal de Ensino).
No total, foram 11 contaminados em escolas das aldeias Jaguapiru e Bororó e três na Escola Aurora Pedroso de Camargo, localizada na área urbana, no bairro Parque Alvorada.
Conforme as informações confirmadas à reportagem do Dourados News pelo gerente municipal de Vigilância Epidemiológica, Devanildo de Souza, o primeiro caso foi na Escola Tengatuí Marangatú, na aldeia Jaguapiru, no dia 21 de outubro.
Depois, foram identificados 11 casos confirmados na reserva, o que acabou envolvendo 66 pessoas que tiveram contato com esses alunos que positivaram para a Covid-19.
Desse grupo, 47 foram classificados como casos suspeitos sendo submetidos a testes e os resultados indicaram um total de 30 contaminados encaminhados para isolamento domiciliar.
“Acompanhamos essas informações conforme o que nos é reportado pelo Pólo de Saúde Indígena, então o monitoramento lá na aldeia é feito através do agente comunitário de Saúde Indígena. Eles têm equipes que vão até o local, fazem o teste, a notificação e acompanhamos via sistema esse monitoramento. Cabe a nós, enquanto município, acompanhar as ações de controle desenvolvidas pela Saúde Indígena”, explicou Souza.
Na quinta-feira (28), a Semed decidiu suspender as atividades presenciais nas escolas da Reserva Indígena e também na Escola Aurora Pedroso de Camargo. Conforme divulgado pela prefeitura, a decisão foi tomada depois de uma reunião na quarta-feira (27), pelo comitê emergencial formado para dar apoio ao Dsei (Distrito Sanitário Especial Indígena), responsável pela atenção à Saúde Indígena.
A medida segue o protocolo municipal de combate à transmissão do vírus, que instrui no âmbito da retomada das aulas presenciais a providência de isolamento imediato de quem - seja aluno ou profissional da educação - testou positivo, além do monitoramento dos contatos desse infectado.
Todos os 41 indígenas que testaram positivo até o momento – 11 alunos e 30 contatos diretos entre familiares e amigos – permanecem em isolamento domiciliar com quadro leve da doença.
“Todos os que eram positivos foram separados, mantidos em isolamento, testados os contatos e agora estamos aguardando para ver se nós conseguimos fechar essa cadeia de transmissão. Estamos em um momento de observar e ir testando mais pessoas que por acaso apresentarem sintomas”, finalizou o gerente de Vigilância Epidemiológica.
‘Surto’ de Covid preocupa lideranças da Reserva
Na tarde desta sexta-feira (29) lideranças indígenas das aldeias Jaguapiru e Bororó divulgaram uma nota pública suspendendo a realização de eventos na reserva.
Os líderes mencionam um ‘surto’ de casos positivos, crescente de casos entre alunos das escolas indígenas e a necessidade de “decisões enérgicas com medidas sanitárias que visam a contenção da Covid-19”.
A nota pede a colaboração da comunidade para evitar o risco à saúde e ainda menciona que a decisão se baseia nas orientações das autoridades de saúde e Vigilância Epidemiológica. Todos os eventos e atividades coletivas que promovam aglomerações ficarão suspensos por um período de 14 dias.
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