Profissionais que atuam na Reserva Indígena relatam 'fake news' contra vacina

Mesmo com boatos, três mil indígenas procuraram as unidade de saúde para serem vacinados - Crédito: Dourados News/Arquivo

Nesta quarta-feira (27) trabalhadores que atuam na linha de frente do enfrentamento a pandemia do coronavírus (Covid-19) na Reserva Indígena Federal de Dourados relataram movimentações de resistência contra os imunizantes.

Apesar da destinação de mais de 20 mil doses para atender este grupo considerado prioritário pelos planos municipal e estadual de imunização, uma minoria estaria espalhando informações falsas sobre a vacina para desestimular os indígenas a irem até os postos locais de saúde.

“Por influência de algumas denominações religiosas as equipes de saúde estão encontrando dificuldades de aceitação, associam as fakes news acabam desinformando”, diz um dos relatos encaminhados anonimamente ao Dourados News.

Para tentar combater as chamadas “fake news” que supostamente se espalharam pelas aldeias Jaguapiru e Bororo, os próprios agentes de saúde estão elaborando vídeos desmentindo os boatos.

Como já noticiado, mesmo com as campanhas difamatórias, aproximadamente 3 mil moradores da Reserva Indígena receberam a primeira dose da Coronavac, vacina desenvolvida pela empresa farmacêutica chinesa Sinovac em parceria com o Instituto Butantan.

Em relação aos dados estaduais apresentados pelo coordenador do Dsei (Distrito Sanitário Especial Indígena), Joe Saccenti Júnior, até o dia 25 de janeiro de 2021, 26% da população indígena de Mato Grosso do Sul foi vacina, apesar do clima adverso com chuvas em praticamente todos os dias deste mês.