Pesquisa da Universidade Federal da Grande Dourados (UFGD) comparou o valor da cesta básica em Dourados e constatou uma queda de 4,20%, de janeiro para fevereiro de 2021. A pesquisa apontou, ainda, aumento no poder de compra do consumidor local.
O preço médio da cesta básica em janeiro/2021 ficou em R$ 569,97, que representa 51,73% do salário mínimo, que hoje está em R$ 1.100. Já no mês de fevereiro/2021 o valor foi menor, R$ 546,01, o equivalente à 49,64% do salário mínimo.
A pesquisa considera os produtos da cesta básica, estabelecidos pelo DEESE (Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos) de acordo com a Lei n.º 399, que estabelece o salário mínimo.
Os itens pesquisados são o açúcar, arroz, banana, batata, café, carne, farinha de trigo, feijão, leite, margarina, óleo de soja, pão francês e tomate.
Essa redução se deve a queda no valor, durante o mês de fevereiro, de alguns dos itens que compõem a cesta básica. Dos treze produtos da lista, oito tiveram redução no preço, os três com maior diferença foram a batata, que registrou queda de 32,22%, o tomate 26,64% e a banana com 10,23%.
Ainda com queda no preço estão o café, com queda de 2,76%, o óleo de soja com 2,11%, arroz com 1,28%, a manteiga com 0,72% e o leite que fechou com menos 0,41%.
AUMENTO NO PODER DE COMPRA
Com base no valor do salário mínimo a pesquisa avalia, também, o tempo necessário de trabalho, para pagar a cesta.
De acordo com os dados levantados, em janeiro, o trabalhador de Dourados teve que cumprir 113 horas e 59 minutos para comprar os produtos. No entanto, com a queda no valor da cesta, em fevereiro esse tempo reduziu para 108 horas e 36 minutos.
Representando um ganho no poder de compra no salário do douradense.
Para esse cálculo, leva-se em conta o tempo de trabalho prescrito na Constituição Federal, de 220 horas mensais, para o trabalhador brasileiro.
SALÁRIO ABAIXO DO NECESSÁRIO
De acordo com DIEESE, a Constituição Nacional estabelece que o salário mínimo deve ser suficiente para cobrir as despesas de uma família de quatro pessoas. Considerando alimentação, moradia, saúde, educação, vestuário, higiene, transporte, lazer e previdência.
Com esses dados, o DIEESE estima que, em janeiro, o salário mínimo deveria ser R$ 5.375,05, um valor 4,89 vezes maior que o atual, de R$ 1.100.
A pesquisa douradense é desenvolvida pelo Projeto de Extensão Índice da Cesta Básica do Município de Dourados, do curso de Ciências Econômicas da FACE (Faculdade de Administração, Ciências Contábeis e Economia) da UFGD.
Deixe seu Comentário
Leia Também

Dourados estreia em casa hoje no hexagonal contra o Comercial

José Carlos Manhanbusco fala das novas regras para aposentaria que passam a valer em 2021

Polícia encontra cocaína em chaleiras que iriam para a Espanha
Júri declara ex-policial Derek Chauvin culpado pela morte de George Floyd
Casal é preso enquanto aplicava golpe em seguradora da fronteira

Nelsinho Trad fará requerimento para profissionais de transporte de pessoas
Motociclista morre no HV 18 dias após sofrer acidente no centro
UFGDPrazo para inscrever projetos de Iniciação Científica termina na próxima semana

PMA de Dourados captura família de gambá no Jardim Água Boa
Deputados aprovam urgência de projeto para privatizar os Correios
Mais Lidas

Produtor rural morto em acidente na MS-156 voltava de aniversário em pesqueiro

Perícia não encontra sinais de violência e morte de mulher pode ter sido por causas naturais

Mãe de menor que organizou festa clandestina com mais de 40 pessoas é presa
