Gatos e cachorros apodrecendo dentro de sacos plásticos pretos. Carcaças de geladeiras enferrujadas. Galhos de árvores. Fitas de videocassete, revistas pornográficas e até restos de comida. Tudo isso “enfeita” as margens do córrego Paragem que atravessa a cidade de Dourados de norte a sul.
O córrego foi transformado em lixeira por falta de fiscalização da Guarda Municipal Ambiental e a situação piorou de um ano para cá conforme afirmou a empregada doméstica Estelita Pinheiro Dias que todo os dias passa pelo local quando vai ao trabalho.
O Paragem tem sua nascente próximo ao Shopping e ao Terminal Rodoviário e corta toda a região do jardim Água Boa, um dos mais populosos de Dourados. Passa pelo bairro Izidro Pedroso e pela BR 163 com direção ao Córrego Água e daí em diante deságua no Rio Dourados.
A “lixeira” está localizada na ponte que fica na Rua Vereador Aguiar de Souza que liga o Água Boa à Escola Neil Fioravante no Parque Nova Dourados. Neste local, diariamente carroceiros e pequenos caminhões despejam lixo de toda natureza, atesta Estelita.
No início da semana o Midiamax flagrou um caminhão de uma empresa de eletricidade despejando lixo na margem do Córrego. Caminhões pipa de empresas de construção também retiram água do Paragem. Houve registro de casos de caminhões “limpa fossa” despejando detritos próximo à ponte.
A diretora do IMAM (Instituto de Meio Ambiente de Dourados), Maria Aparecida de Oliveira Miguel afirmou que o problema é grave mas que a Guarda Municipal Ambiental conta apenas com quatro fiscais e apenas um carro para “olhar” toda a cidade. Segundo ela, na verdade, apenas dois fiscais atuam em regime de plantão.
O comandante da Guarda Municipal, Divaldo Machado de Menezes foi procurado pelo Midiamax, mas não foi encontrado para falar a respeito da poluição das margens do Córrego Paragem. A telefonista da Guarda afirmou que o comandante estava atendendo a uma demanda externa.