O Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) divulgou nesta sexta-feira (8), o relatório ‘Censo Demográfico 2022 - Favelas e Comunidades Urbanas: Resultados do Universo’, revelando que Dourados possui cinco áreas classificadas como favelas.
O estudo detalha o número de favelas e comunidades urbanas na cidade, o total de residentes nessas áreas, além de informações sobre domicílios e condições de saneamento básico.
Na maior cidade do interior do Estado, com 243.367 habitantes, 1.965 pessoas vivem nesses locais, representando 0,8% da população.
As cinco favelas identificadas são Santa Felicidade, com 924 moradores; Vitória, com 535; Estrela do Sul, com 241; Toca do Saci, com 168; e Ibiza, com 97 habitantes.
Em termos de saneamento, 7,66% dos domicílios nessas áreas têm rede geral de esgoto, rede pluvial ou fossa ligada à rede; 63,15% possuem fossa séptica ou filtro não conectado à rede; 28,77% utilizam fossa rudimentar ou buraco; e 0,37% dependem de vala para descarte de esgoto.
Quanto à coleta de lixo, dos 1.905 moradores nessas áreas, 1.750 têm o lixo coletado regularmente; 134 queimam o lixo na propriedade; 1 enterra os resíduos; 17 descartam em terrenos baldios, encostas ou áreas públicas; e 3 utilizam outros métodos de descarte.
O Censo de 2022 identificou ainda 709 domicílios nas favelas e comunidades urbanas de Dourados, dos quais 686 são domicílios particulares permanentes, sendo 604 ocupados e 50 vagos. Domicílios de uso ocasional somam 32, enquanto 23 são classificados como domicílios particulares improvisados.
Mato Grosso do Sul
De acordo com o Censo Demográfico 2022, Mato Grosso do Sul tem o segundo menor número de favelas e comunidades urbanas do país, sendo o estado com o menor percentual de população vivendo em favelas ou comunidades urbanas.
Nessas áreas, a maioria dos residentes é composta por pardos, enquanto a população indígena soma 539 pessoas.
As favelas e comunidades urbanas do estado têm uma população majoritariamente masculina e mais jovem em comparação com a média geral do estado. A taxa de alfabetização é menor nesses locais.
Entre os municípios com maior concentração de domicílios em favelas e comunidades urbanas estão Campo Grande e Aquidauana. Aproximadamente 16% dos domicílios ocupados nessas áreas não estão conectados à rede geral de água. Casas representam 98,7% dos domicílios, seguidas por estabelecimentos religiosos, que somam 13,3%.
Em 2022, Mato Grosso do Sul possuía 31 favelas e comunidades urbanas, representando apenas 0,25% do total nacional. Comparado ao censo de 2010, que registrava oito favelas no estado, houve um aumento de 287,5%. Roraima é o estado com o menor número, com 10 favelas (0,08% do total), enquanto São Paulo lidera com 3.123 (25,3%) e o Rio de Janeiro ocupa a segunda posição, com 1.724 áreas (14,0%).
Dos 79 municípios sul-mato-grossenses, oito possuem favelas e comunidades urbanas, o que representa um aumento de 300% em relação a 2010, quando apenas Campo Grande e Corumbá tinham essas áreas. Campo Grande concentra o maior número, com 16 favelas e comunidades, correspondendo a 56,1% do total do estado.