A conjuntura de 30 anos de história política e social da Diocese de Dourados está presente num estudo produzido no Mestrado em História da Universidade Federal de Mato Grosso do Sul, que será defendido hoje, às 14 horas, no câmpus de Dourados, pelo mestrando Giovani Luiz Romani.Orientado pelo professor doutor Jérri Roberto Marin, o estudo que será apresentado a uma banca de doutores na sala 203, aborda, sobretudo, o trabalho da Comissão Pastoral da Terra e do Conselho Indigenista Missionário da Diocese de Dourados, entre os anos de 1971 a 2000.Para analisar a gênese e a função social desses movimentos surgidos dentro da Igreja Católica, o pesquisador enfocou, principalmente, a ação de dois episcopados: o de D. Teodardo Leitz e o de D. Alberto Först. Segundo Giovani Romani, durante este período ocorreram mudanças significativas na Igreja, em âmbito global, como as idéias advindas do Concílio Vaticano II, em 1962, as Conferências de Medllín (1969) e de Puebla (1979), trazendo uma nova reflexão pastoral direcionada a uma realidade de exclusão social, favorecendo a criação das Pastorais Sociais.O estudo mostra como os dois episcopados variaram de tom: o de D. Teodardo (1971 a 1990) “organizando a sociedade civil frente a um Estado autoritário, repressor e excludente”, e o de D. Alberto Först que, com a ascensão do pontífice João Paulo II, promove um processo de restauração das pastorais, com um viés conservador.
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