A dengue é uma ameaça com as constantes chuvas e o calor intenso pelo fato dos mesmos criarem um ambiente propício para a reprodução do mosquito Aedes Aegipty -transmissor da doença- e em Dourados esses fatores já geram preocupação. Ainda que o aumento dos casos notificados tenha sido relativamente baixo nas semanas que se passaram, de acordo com o CCZ (Centro de Controle de Zoonoses) a perspectiva é que com o clima favorável a doença se propague mais nos próximos dias.
De acordo com o coordenador do núcleo de vigilância epidemiológica, Devanildo de Souza, o período de dezembro a abril é considerado propício para uma uma epidemia e para atuar de forma mais intensa nessa época, o órgão está trabalhando em um novo plano de combate a doença na cidade.
“Estamos traçando as estratégias de trabalho para prevenção e o combate junto a população nesse período crítico que inevitavelmente a incidência de dengue aumenta”’, disse.
Em setembro o número de casos notificados em Dourados chegavam a 2.070, número que subiu para 2.132 até o término de outubro, conforme dados do boletim divulgado pela Secretaria de Estado de Saúde que mostram ainda que o município tem alta incidência da doença.
O coordenador afirma que os bairros que geram mais preocupação por concentrarem mais casos de dengue em Dourados são: Parque Alvorada, Parque das Nações II e Izidro Pedroso. Ele afirma que equipes do CCZ tem atuado nessas áreas e intensificarão os trabalhos nos locais nos próximos meses.
“São regiões as quais sempre temos um maior cuidado que será dobrado na época crítica”, citou.
A auxiliar de escritório Marilena Brum de Oliveira afirma que teme que a dengue se alastre com a chegada da nova estação, pelo motivo que nessa mesma época há dois anos atrás, seus filhos de sete e dez anos, contraíram a doença, no tipo hemorrágica.
Ela conta que após o sofrimento que as crianças passaram, os cuidados foram redobrados e que também sempre que possível alerta a vizinhança sobre o fato.
“Não desejo para ninguém que passe por essa situação, sempre tomei todos os cuidados em casa e após o fato ainda mais e lembro aos vizinhos sempre que posso de fazerem o mesmo”, destacou.
Para a corretora de imóveis, Áurea Fernandes, 53, os cuidados não podem ser esquecidos, já que pequenas ações podem evitar a epidemia. Ela é proprietária de um imóvel no Jardim Central e notou que o antigo morador não cuidava direito do local, deixando acumular água no espaço da máquina da piscina e que ficará atenta ao fato para alertar o próximo inquilino.
“Agora a época é crítica e sabemos que os cuidados são ainda mais necessários. Eu vi que essa situação não estava sendo vigiada por aqui então a partir de agora sempre vou verificar. Todos tem que ter consciência e fazer sua parte”, enfatizou.
O coordenador destaca que campanhas devem ser retomadas nos próximos meses com foco em prevenção, já que o assunto ficou algum tempo sem destaque, mas é necessário que os alertas sejam “espalhados”.
“Agora as dicas de sempre de não deixar água acumulada em objetos no quintal de casa voltam a ser evidência e isso tem grande importância no combate ao mosquito, vamos trabalhar forte nisso”, disse.
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