Everaldo será o próximo presidente da Aced - Crédito: Clara Medeiros/Dourados NewsA Associação Comercial e Empresarial de Dourados (ACED) terá um novo presidente a partir de 30 de junho. Everaldo Leite Dias, atual presidente do Sindicon (Sindicato do Comércio Atacadista e Varejista de Dourados), encabeça a única chapa registrada para a eleição da diretoria da ACED, que atualmente contém 1.400 associados. A votação acontece nesta terça-feira (20), das 14h às 18h, na sede da entidade.
Everaldo está na ACED há 12 anos, com passagens por diferentes funções dentro da diretoria. "Estive na gestão do Jairo, depois na do Nilson, fui secretário; na gestão do Antônio Luiz Nogueira também estive como diretor e, agora, sou o segundo tesoureiro", relembra em entrevista ao Dourados News.
Ele também foi um dos coordenadores do livro "70 anos de história da Associação Comercial", publicado em comemoração ao aniversário da entidade.
Com a posse marcada para o final de junho, Everaldo explica que sua gestão será uma continuidade da atual administração.
"É uma gestão compartilhada que vem desde a gestão do Nilson e do Paulo. Tivemos uma reestruturação patrimonial e documental. Vamos discutir com a diretoria, assim que estiver colocada, sobre trazer a casa política para dentro da associação comercial. Além de discutir também sobre as outras instituições que têm pontos a oferecer, para contribuir com a administração de Dourados."
Entre os desafios identificados por Everaldo está a necessidade de fortalecer o comércio local frente à concorrência da internet e à escassez de mão de obra. "A internet está aí e não vai embora. Temos que criar mecanismos para que o consumidor valorize o comércio local", aponta.
Ele também menciona a importância de unir empresários de diferentes gerações. "O fortalecimento do associativismo é fundamental. Precisamos juntar os empresários mais antigos com os mais jovens e mostrar que a união é a saída para superar dificuldades como a reforma tributária, que está prestes a ser implantada."
Sobre o fato de a eleição ter apenas uma chapa concorrente, Everaldo destaca que isso foi resultado de um diálogo amplo. "A chapa foi construída com lideranças de vários segmentos empresariais. Como é um cargo não remunerado, é preciso dedicação e disponibilidade. Coube a mim, agora, estar à frente, mas qualquer associado poderia estar neste posto."
Além da atuação na ACED, Everaldo também preside o Sindicon, cujo mandato vai até setembro. "Assumimos num momento difícil, após o falecimento do presidente. Desde o início deixamos claro que não queremos a perpetuação no poder. Acreditamos na renovação", afirma.
Paulo Campione destaca legado e fortalecimento da ACED
Atual presidente da ACED, Paulo Roberto Campione encerra seu mandato com a sensação de missão cumprida. Ele assumiu a presidência em 2022 e afirma em entrevista ao Dourados News que a atual fase da entidade é resultado de uma construção coletiva iniciada ainda na gestão anterior, comandada por Nilson dos Santos.
"A ACED voltou a ser protagonista. Deixamos um legado de fortalecimento do associativismo, especialmente para o MEI, microempresas e pequenos empreendedores", explica Campione.
Ele lembra que a associação tem sido uma caixa de ressonância dos problemas enfrentados pelo comércio, indústria, serviços e agronegócio.
Paulo também cita a atuação da entidade durante a pandemia de Covid-19, quando foi criado um comitê de gerenciamento de crise com apoio da associação. "Foi um momento em que aprendemos muito. A gente percebeu que não era só o lado financeiro. Claro, nós temos que ver o lado econômico, mas nós tínhamos que ver o lado humano, o ser humano".
Sobre os desafios da modernização, Campione reconhece que a digitalização foi um marco irreversível. "Trinta anos atrás, a preocupação era com os panfletos vindos do Paraguai. Hoje é a venda online. Quem não entrou nesse mundo digital durante a pandemia, ficou para trás."
Ele ressalta ainda que a ACED atua em várias frentes, inclusive políticas, ainda que não partidárias. "O que nós fazemos na entidade é a essência da política. A vida é uma política. As reivindicações que a gente faz perante os órgãos, é política. Nós fazemos reivindicações no coletivo".
Ao se despedir da presidência, Paulo deixa um convite aos empresários: "Se envolvam. Venham para as reuniões, tragam ideias. A entidade é construída no coletivo, e é isso que faz a diferença."
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