A doença renal crônica atinge 1 a 10 pessoas em todo o mundo. - Crédito: Clara Medeiros/Dourados NewsDourados recebeu nesta quinta-feira (13/9) uma campanha de conscientização sobre a saúde renal promovida pela Sociedade Brasileira de Nefrologia, em parceria com a Secretaria Municipal de Saúde, a Clínica CENED e o SENAC.
O evento aconteceu pela manhã na Praça Antônio João, com objetivo de alertar a população sobre a prevenção e o diagnóstico precoce da doença renal crônica, que atinge cerca de uma a cada dez pessoas no mundo.
Gláucia Neves Eberhardt, farmacêutica e representante da Secretaria Municipal de Saúde, destacou a importância de a população procurar as unidades de saúde regularmente para fazer exames preventivos.
“Hoje as pessoas, elas muitas vezes chegam tardiamente com os rins comprometidos. Então a ação tem o objetivo de conscientizar a população para que eles busquem precocemente e realizem esse exame de forma rotineira, através das nossas unidades de saúde, que estão preparadas para receber esses pacientes”, explicou ao Dourados News.
A ação contou com a avaliação da pressão, glicemia capilar e nutricional dos participantes. Aqueles que apresentaram critérios de gravidade foram submetidos ao exame de creatinina, essencial para a avaliação da função renal.
“Pressão alta, glicemia alta, provavelmente vai levar esse paciente futuramente a ser um doente renal crônico. Então nada melhor do que prevenir do que ter que remediar”, alertou Gláucia.
Marielly Quinhones, nutricionista especialista em Nefrologia, reforçou que a doença renal crônica é silenciosa e assintomática nos estágios iniciais, o que dificulta o diagnóstico precoce.
“Hoje é o Dia Mundial do Rim, e a doença renal crônica, ela atinge 1 a 10 pessoas em todo o mundo e por ela ser silenciosa e assintomática nos estágios iniciais, muita gente não sabe. Então a campanha tem esse objetivo de conscientizar o diagnóstico precoce e o acesso ao tratamento”, afirmou.
Arielle Colman Pinto, enfermeira nefrologista e responsável técnica da Clínica do Rim, comentou sobre a preocupação de jovens também serem afetados pela doença. “Eu tenho jovens de 16, 15, 14 anos já se tornando renal crônico. Muitas vezes é porque eles nasceram com alguma doença de base, alguma patologia que se transformaram em renal crônico”, destacou.
Durante a manhã, diversos pacientes foram identificados com sinais de alerta. Segundo Arielle Colman Pinto, três pessoas foram diagnosticadas com possíveis problemas renais que exigem acompanhamento mais detalhado. Entre elas o senhor José Belarmino da Silva, aposentado de 73 anos, que procurou atendimento após ser incentivado pelo filho.
“O meu filho, que é biomédico, aí ligou para mim e falou ‘pai, está tendo um tratamento de rim lá na praça, é possível ir lá para dar um início, ir lá para ver’, porque eu estou com um problema de rim, as pernas inchando, essas coisas. Aí que eu vim. Muito bom o atendimento aqui”, relatou José.
Outra paciente identificada foi Adriana Souza, de 45 anos, que descobriu estar com pressão alta durante a triagem. “Eu não imaginava que minha pressão estava tão alta assim. Vou procurar atendimento médico agora para fazer o tratamento direitinho e cuidar da saúde”, finalizou Adriana.
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