O livro "Dias pela Estrada" surge das inquietações do jornalista sul-mato-grossense Guilherme Soares Dias. Em 2016, ele decidiu tirar um período sabático e viajar. Percorreu 23 países nos cinco continentes e tentou fugir da escrita, mas foi provocado por ela. O resultado são crônicas passionais, poesias do cotidiano e contos dos caminhos.
Depois do Rio de Janeiro e São Paulo, a obra será lançada em Campo Grande em 4 de abril, às 19h30, no Sesc Morada dos Baís, na avenida. Noroeste, 5140 (esquina com Afonso Pena) – Centro. Ao todo, são 42 textos de um livro que não foi projetado. O jornalista troca os leads informativos da sua profissão por narrativas autorais. Retrata cenas e sentimentos de um mundo em volta. A ruptura do não escrever provoca a liberdade de falar de si e de tudo. Há sensibilidade, beleza. Há humor.
Os textos se assemelham por percepções: "Meu quintal", traz os fluxos de pensamentos e sentimentos mais pessoais do autor; "Um amor em cada porto" fala das paixões nos diferentes destinos; "É o mundo" descreve paisagens e lugares; e "Pela estrada" traz os registros feitos nos deslocamentos entre um destino e outro. O caminho é justamente o protagonista do material.
"Dias pela Estrada" não é um guia de turismo oferecendo dicas de quando e como visitar os pontos pelos quais o autor passou. Nem tampouco um panfleto exaltando o quão belo são os lugares que visitou. É, sim, o olhar de uma pessoa profundamente marcada pela experiência de sentir a exuberância do mundo.
As influências das raízes sul-mato-grossenses do autor estão presentes nos textos. Seja quando cita indiretamente o poeta Manoel de Barros ao praticar "nadismos" em uma ilha paradisíaca da Tailândia; passando pela vista de Porto Murtinho da Ilha Margarida, no Paraguai – paisagem predileta do jornalista –; ou quando fala das memórias afetivas do Trem do Pantanal – "minha viagem será sempre essa", escreve.
O livro é publicado pela editora Multifoco, do Rio de Janeiro, e é vendido por R$ 35.
O autor:
Guilherme Soares Dias* graduou-se em Jornalismo pela Universidade Federal de Mato Grosso do Sul e fez pós-graduação em Jornalismo Literário pela Academia Brasileira de Jornalismo Literário. Trabalhou em jornais como O Estado de Mato Grosso do Sul, O Estado de S. Paulo, Valor Econômico e é editor e fundador da revista digital Calle 2. Depois de oito meses viajando tornou-se nômade digital e, hoje, viaja, enquanto trabalha e escreve.
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