O processo de envelhecimento envolve mudanças nas condições fisiológicas, patológicas, sociais e psicológicas de uma pessoa. A nutrição é um importante elemento de saúde entre os idosos e afeta todo o processo de envelhecimento.
Pessoas com mais de 65 anos, apresentam deficiência de vitaminas e minerais que são atribuídas aos fatores socioeconômicos, às doenças, às alterações do modo de vida e aos hábitos alimentares.
A prevalência de desnutrição está aumentando neste grupo populacional e está associada a um declínio no estado funcional, função muscular prejudicada, diminuição da massa óssea, disfunção imunológica, anemia, função cognitiva reduzida, má cicatrização de feridas, recuperação tardia de cirurgias, maiores taxas de readmissão hospitalar e mortalidade.
As mudanças que o organismo sofre durante a terceira idade exigem uma alimentação diferente das outras fases da vida, pois o processo de envelhecimento vem acompanhado de uma série de mudanças que afeta a necessidade de nutrientes.
Durante esta fase, o olfato e o paladar são cada vez mais alterados. A produção de saliva também é reduzida e surgem dificuldades para mastigar e engolir, o que tem um impacto considerável sobre a quantidade e a qualidade dos alimentos. Além disso, a presença de doenças crônicas pode levar a restrições dietéticas relacionadas a vários medicamentos, reduzir o apetite ou afetar a absorção de vitaminas e minerais.
À medida que envelhecemos, uma atenção especial deve ser dada à saúde dos ossos. Portanto, investir em fontes de cálcio (leite desnatado e produtos lácteos, gergelim, brócolis e verduras de folha escura) e magnésio (grão-de-bico, banana e nozes) são excelentes opções, além de evitar o consumo de “ladrões de cálcio” como bebidas alcoólicas, café, chá preto e refrigerantes.
Investir nas fibras alimentares também é essencial, o intestino fica mais preguiçoso e precisa de um estímulo para funcionar. Também é relevante aumentar o consumo de frutas e líquidos, uma vez que muitos possuem constipação. As fibras estão presentes em cereais integrais (trigo, arroz), frutas, hortaliças e sementes.
A desidratação é uma condição comum nos idosos. Isto se dá em virtude do comprometimento renal em controlar adequadamente o volume de líquidos orgânicos e porque muitas vezes este tende a sentir pouca sede. Portanto, há de um lado muita perda hídrica e pouca reidratação. Ingerir de 8 a 10 copos de água/ dia, nos intervalos das refeições é essencial para evitar a desidratação.
Outro aspecto positivo é a substituição do sal na dieta por condimentos naturais, como ervas e especiarias, que ajudam a reduzir a ingestão de sódio para evitar a hipertensão.
Contudo, procurar manter a saúde, o bom-humor e os momentos de alegria e lazer contribui no bem-estar e saúde dos idosos.
*Fernanda Viana é mestra em Alimentos, Nutrição e Saúde - Universidade Federal da Grande Dourados (UFGD), Especialização em Nutrição Esportiva pela faculdade de Ensino Superior de São Miguel do Iguaçu - FAESI e Pós-graduação em Terapia Nutricional, Nutrição Clínica e Fitoterapia pela Faculdade Ingá- Maringá (PR). Escreve para o Dourados News.
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