Você sabe qual é a sua taxa de colesterol? Não? Infelizmente essa é uma realidade comum no Brasil. Segundo o Ministério da Saúde, quatro em cada 10 brasileiros têm colesterol alto.
Produzido no organismo, o colesterol é uma gordura com a função de manter as células em funcionamento para produção de hormônios e da bile, metabolização de vitaminas, entre outras funções. Ele é, portanto, importante e precisa ser ingerido de forma equilibrada para que seus níveis se mantenham regulares.
Existem diferentes tipos HDL, LDL e VLDL, sendo que o organismo produz a maior parte do que necessita. Porém, o colesterol também é encontrado em alimentos de origem animal, como ovo, carne e leite. No entanto, altas taxas podem gerar quadros de inflamação crônica e doenças vasculares arteriais cerebrais, cardíacas, renais e em membros. São exemplos o infarto do miocárdio e o Acidente Vascular Cerebral (AVC).
Vales esclarecer que a lipoproteínas de baixa densidade (LDL) ou colesterol “ruim” pode prender-se nas paredes das artérias formando placas de gordura. Com o passar do tempo, é possível que elas dificultem ou impeçam a passagem do sangue provocando angina (dor no peito) ou até mesmo um infarto (ataque cardíaco). Quanto mais elevado o nível de LDL, maior é o risco de desenvolver uma doença cardíaca. Seus níveis podem se elevar por dois fatores principais: o genético e a dieta. Pessoas que têm parentes diretos com colesterol alto e história familiar de aterosclerose devem fazer acompanhamento médico a ter seu colesterol dosado. Já a dieta rica em gorduras saturadas e colesterol aumenta os níveis de LDL no sangue.
A hipercolesterolemia, como é denominado cientificamente o excesso do colesterol no sangue, é uma doença silenciosa, não existem sintomas específicos. Por isso, é importante fazer exames periódicos para medir os níveis de colesterol. Além disso, é necessária uma mudança do estilo de vida, incluindo: dieta equilibrada, exercício físico aeróbico (caminhar, correr, ou andar de bicicleta), abstenção do fumo (o fumo leva a queda do HDL – colesterol) e perda de peso nos casos indicados.
Por fim, simplifique, consuma mais comida de verdade! Varie a alimentação com grãos, verduras, legumes, carnes, laticínio magros e diminua o uso de sal, açúcar e gordura nas preparações. Essa é a melhor forma de saber não só como controlar o colesterol, mas também como manter o peso e a saúde.
*Mestra em Alimentos, Nutrição e Saúde - Universidade Federal da Grande Dourados (UFGD), Especialização em Nutrição Esportiva pela faculdade de Ensino Superior de São Miguel do Iguaçu - FAESI e Pós-graduação em Terapia Nutricional, Nutrição Clínica e Fitoterapia pela Faculdade Ingá- Maringá (PR). Escreve para o Dourados News.