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COLUNA

Conexão Grevenstein

Ana Cavalheiro

Sun Tzu

21 abril 2025 - 00h04

A suprema arte da guerra é derrubar o inimigo sem lutar.

Parece uma frase escrita por Xi Jinping, mas não.

É uma reflexão de Sun Tzu - que também era um
chinês.

Lí Shogun, na ocasião em que estava com uma enorme
dor de cotovelo - eu não havia sido escolhida como
favorita - pelo boy que eu gostava na época.

Isso foi lá por volta de 1983 - acredito.

O pequeno cafajeste casou se com uma amiga minha.

Que sorte!

Que peninha dela que era uma pessoa queridíssima e
não sei como entrou numa dessa.

Mas, eu não sabia disso na época, e lamentava ter
sido preterida.

Eu lia Shogun para não pensar e esvaziar a cabeça
- como Sun Tzu. Eram mais de 1000 páginas de uma
violência ímpar - mundo dos homens, das conquistas.

A história se passava no ano de 1600, no Japão - a
Europa se expandia rumo Asia. Tudo era complexo -
jesuítas vingavam se dos protestantes, os daimyos
lutavam para preservar o xintoísmo e budismo, um
rolo danado para entender as manobras políticas da
Igreja, que nesse tempo estava metida em tudo.

Na história do livro, os orientais cozinhavam
vivos os invasores, para intimidá - los a não
seguir na empreitada da invasão e os ecos da
tortura ressoavam pela cidadela noite adentro e na
cabeça do leitor através dos tempos.

Blackthorne! era o protagonista da história.

Era um inglês, capitão do navio holandês
naufragado e feito prisioneiro na ilha.

Ele tinha a coragem dos nobres e enquanto lutava
para sobreviver, junto aos poderosos que detinham
sua vida nas mãos, arrastava uma asa para Mariko -
a esposa do grande governante japonês.

Negócio perigosíssimo!

Fora isso, era guerra.

Me lembro como o Shogun - deixava Osaka em meio a
conflitos, para caçar aves altaneiras nas
montanhas e refletir como seriam os proximos
passos a serem dados na guerra - dentro daquele
ambiente de medo e jogo de poder.

Mundo dos Homens.

Para quê isso?

Nunca entendi.

Ambos buscavam poder e influência, com modus
operandis, diferentes.

Shogun era um estrategista, saía da linha de
frente da batalha para buscar respostas nas
montanhas, enquanto caçava - desligava o cérebro
para ver claramente os proximos passos a serem
dados.

Isso é guerra. Não termina de um dia pro outro -
como sugeriu Trump em campanha pelo poder.

Reflexão é Determinante para se conduzir uma crise
- coléricos não vêem o horizonte e se afundam
dentro do próprio ódio ao meio da gritaria.

Em tempos de guerra. Sim, o mundo está em guerra.

Grupos Politicos defendem as armas sendo
comercializadas livremente, e a religião está
dentro do congresso definindo leis para mulheres
cumprirem, enquanto fazem negociatas lucrativas.

O cidadão dentro desse cenário se pergunta: Isso é liberdade ou estamos de volta a idade média?

#Cavalheire-se!
Os chineses continuam usando as técnicas de guerra
de Sun Tzu. Técnicas que remontam a 500 anos antes
de Cristo, quando a filosofia era uma arma
estratégica de guerra, baseada na reflexão e
sabedoria.
Já na América o povo se encanta com o show da
superficialidade, ostentam armas, pregando familia
e Deus.
E você?
Em quem você confia para te governar?

Ana Cavalheiro
Arquiteta. Crônista. Mulher.
Grevenstein - Alemanha
Vila São Pedro - Ms Brasil
Fevereiro de 2025

Dicionário:
Shogun: Livro de James Clavell que conta o Japão
num ambiente de 1600 - falando do catolicismo,
religiões orientais, a necessidade do comércio com
outros mundos e diferenças culturais.
Shogun: Generalíssimo. Aquele que derruba
bárbaros.

Sun tzu: Estrategista militar da china antiga.
Conhecido por sua obra a *Arte da guerra - que
fala sobre estratégia, planejamento e conhecimento
do inimigo.
Tem como princípio a máxima: conheça a ti mesmo e
ao inimigo!
Acredita que a diplomacia e a manobra podem ser
mais eficazes que o confronto.
Recomenda adaptar se as circunstâncias e evitar
conflitos desnecessários.

Trump: Presidente dos EUA - Aquele que é adepto da
Confrontação e ações diretas sem um cuidado a
longo prazo. Acredita na Mídia como meio de
difundir temor e constrangimento.
Acredita ser mais importante que o contraente;
como mostra o discurso *American First!

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