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Ana Cavalheiro

I’m black!

05 maio 2025 - 00h04

I’m Black.
I’m German.
I’m Moslem.
I’m Judge.

Nunca escutei; Eu sou branco!

Não que isso seja uma virtude, longe disso, pois
escutamos isso na sociedade de outras formas.
Refletindo sobre a sobrevivência humana, constata
se, que nem sempre, somos os melhores e nem os
outros são os piores, como é dito, como é
difundido, como é difamado.

O povo preto se cumprimentam entre eles, mesmo
quando não se conhecem - como um código de
reconhecimento.

Os brancos, não.

Se um branco sorri para um branco desconhecido
pode se confrontar com um;

O que esse sujeito quer de mim?

Quem é essa Umazinha?

Filha de quem?

Ahm…

O povo preto se estruturaram nos ultimos tempos
significativamente, pela primeira vez depois da
escravidão.

Eles dominam uma parte do entretenimento nacional
- faturam alto e copiam a América do norte.

Certamente que com todos os acertos e desacertos -
vide o rapper Diddi - com uma performance provando
que a degradação do homem não tem limites.

Não, nunca ouvi dizer; I’m White!

Já ouvi muito; Sou alemão.

Alemão é diferente mesmo.

Ser alemão não significa ser de uma cor.

Ser alemão significa que o sujeito é dentro da
regra, do silêncio e da razão.

Normalmente não se torna alemão, se nasce.

Não se aprende, se é.

E tem mais coisas por aí que não são decifráveis a
olho nu.

Minha filha é alemã.

Conforme ela foi crescendo fui percebendo que ela
tinha uma linha mais germany.

Me compreende melhor do que eu mesma e tem uma
cabeça delicada, silênciosa, certeira e muito
inteligente.

Não espere de um alemão o que ele não lhe pode
dar.

Racionalidade, deveria ser sinônimo de bondade,
compreensão, realidade.

Deveria ser a verdadeira religião.

Não deveríamos dar palco a adoradores da Pátria,
adoradores de religião que menosprezam, rezam e
xingam quem ousa pensar diferente.

No reino de Deus - o seu preconceito e o empenho
em excluir o proximo - não tem poder!

Adoradores vivem de Emoção.

A razão está adormecida.

I’m Black!

Muhammad Ali falava com a boca cheia: I’m black!

Refletia e lutava pela raça que o oprimia e o
libertava.

I’m black! I’m black! I’m black!

E você? O que voce é?

Enquanto muitos descem às profundezas do inferno
para provar a si mesmo - quem se é - amparados no
mais frágil pilar que é a sociedade dos homens e
das mulheres - caladas com seus contratos de
uniões estaveis assinados - o preto, o alemão, o
judeu e todas as minorias se escoram em si
mesmos.

#Cavalheire-se!
É a unica alternativa.
Já era a única alternativa.
Sempre foi a única alternativa.
Eles se validam.
Eles se constróem e sua fragilidade não os
desabam.
Isso é religião.
Ana Cavalheiro
Arquiteta. Cronista. Mulher.
Grevenstein - Germany
Vila São Pedro - Brasil

Dicionário:
I’m black: eu sou preto
I’m german: eu Sou alemão
I’m moslem: eu sou muçulmano
I’m judge: eu sou judeu
I’m white: eu sou branco

Muhammad Ali: Pugilista negro norte americano,
nascido Cassius Clay. Considerado o maior, da
história do boxe peso pesado, com 56 vitórias.
Sobretudo seu carater e coragem, em lutar contra a
opressão negra nos Estados Unidos, o tornam
inesquecível.

Diddi: Sean Diddy Combs - influente executivo da
industria musical do hip hop americano.
Está preso, desde o ano passado acusado de tráfico
sexual, entre outras perversidades. Ao contrario
de Muhammad Ali - não lutou pela classe negra -
mas sim, atuou na opressão e degradação do ser
humano.

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