Dinheirama – A secretária Municipal de Fazenda, Suelen Nunes Venâncio, afirmou ontem que a atual administração de Dourados herdou do governo passado uma dívida de R$ 169,5 milhões entre precatórios, encargos previdenciários, restos a pagar, entre outros. De acordo com ela, neste cálculo não entra o déficit atual da Funsaud (Fundação de Saúde de Dourados), que passa por auditoria.
Aperto – Segundo a secretária, também não há neste momento caixa suficiente para o pagamento da folha salarial do funcionalismo público, que gira em torno de R$ 52 milhões. Por isso, uma série de medidas vêm sendo tomadas para que até o quinto dia útil de fevereiro os servidores possam receber o mês de janeiro.
Determinações – Dentre as ações, segundo Suelen, foram cortadas gratificações de servidores efetivos e o pagamento de contratos suspensos. Desde ontem, as nomeações também estão proibidas pela atual gestão, “com exceção daquelas essenciais e exclusivamente para as secretarias municipais de Saúde e de Educação”, disse a secretária. No início do ano, centenas de servidores contratados foram exonerados e apenas alguns foram realocados.
Por outro lado... – Em contrapartida, também na quinta-feira através das redes sociais, o ex-prefeito Alan Guedes (PP) divulgou vídeo passando pelo novo prédio da Central do Cidadão, obra iniciada em sua gestão, e relatou sobre o trabalho desempenhado por ele à frente da prefeitura. “Com trabalho, competência e responsabilidade, eu e minha equipe garantimos esse financiamento para o município, assegurando a finalização de obras estruturantes iniciadas durante minha gestão como prefeito e que transformarão o futuro de Dourados”, disse, citando as ações através de recursos do Fonplata.
Por outro lado, ainda... – “Esse é um dinheiro que deixei garantido para Dourados, fruto de uma gestão responsável, que representa resultados concretos e uma herança valiosa para as próximas gerações”, finalizou o ex-prefeito. Pelo visto, essa será a estratégia de ambos os lados pelos próximos meses.
Lá vem – Ideia que já corre nos bastidores, podendo ser implementada ainda em 2026 pretende aumentar em até 18 o número de deputados federais na Câmara. A medida, tem a ver com entendimento do STF (Supremo Tribunal Federal) sobre a forma de distribuição de vagas na Casa estar ligada a atualização populacional de cada Estado, que teve início em 1993, porém, nunca ocorreu. Em 2017, o Pará entrou com uma ação e recentemente teve ganho de causa, passando dos atuais 17, conquistados na época, para 21 devido ao aumento de sua população.
Números – Se a medida for colocada em vigor, além do Pará, Santa Catarina também teria direito a outros quatro deputados federais, Amazonas mais dois e os Estados do Ceará, Goiás, Minas Gerais e Mato Grosso, um cada. Em contrapartida, unidades da federação que ‘perderam’ população nesses mais de 30 anos [como RJ, RS, BA e outros] deveriam diminuir o número de representantes na Casa. E aí é que o ponto vem ‘pegando’, já que existe o ‘entendimento’ para que isso não ocorra.
Aumento – Se confirmada a medida, a Câmara passará dos atuais 513 deputados federais para 531, aumentando assim os custos com mais parlamentares, gabinetes, assessores, verbas e assim por diante. No caso de Mato Grosso do Sul, o Estado não teria mudanças e continuaria com os oito representantes.