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COLUNA

Amplavisão

Manoel Afonso

Marquinhos Trad fora das eleições municipais?

02 fevereiro 2024 - 10h30

IMUTÁVEL:  Discurso de final de ano de Lula veio embrulhado no tradicional espírito natalino falando em conciliação e tolerância. Lembra? Só lero lero. O que se vê  é  o presidente provocando adversários movido pelo conhecido ódio revanchista. E nestas eleições a tendência é de piorar ainda mais. ‘As pessoas não mudam. Revelam-se’.  

SOBRE ISSO: “ O que há de novo na polarização recente é que diferenças políticas estão extravasando a esfera do político e abrangendo a totalidade da vida, o campo das emoções, da visão do mundo, e deste modo definindo a própria identidade das pessoas. Se o processo prosseguir na sua marcha em breve vamos ter dois países, numa convivência difícil e cada vez mais desesperada...(-)...” (Roberto Brant).

‘OPINIÕES’:  Em troca das gordas verbas do Planalto, empresas de comunicação retribuem (ou pagam?) com notícias e comentários. Os oposicionistas são vistos como golpistas e os governistas como intocáveis democratas. No noticiário do dia a dia a preocupação é exaltar o poder central, minimizando suas falhas inclusive. 

PESQUISA: Espontânea, para prefeito da capital: Puccinelli 12,50% – Rose 11,40% –Adriane 10,20% – Lucas 6,00% – Beto 5,20%, Pedrossian 3,30%, Contar 2,20%, David 2,10% - Camila 1,30%, Pollon 0,40%.  Consulta do Instituto Ranking Brasil, entre 26 a 30 de janeiro, ouvidos 1.000 moradores de todas regiões de Campo Grande, registro no TSE com número 05781/2024.

ESTIMULADA: Puccinelli 17,40% - Rose 16,00% - Adriane 15,20% – Lucas 8,00% - Beto 6,10% – Contar 4,00% -  David 3,80% - Pedrossian 3,30% - Camila 3,00% - Pollon 0,60% - Rafael 0,20%. Dos moradores consultados cerca de 22,40% não responderam ou não souberam. 

REJEIÇÃO:  Puccinelli 25,20% - Contar 19,00% - Camila 7,30% - Rafael 6,20% - Adriana 5,00% - Pollon 4,10% - Coronel David 3,80% Beto 3,00% - Rose 2,20% - Lucas 2,00%.  Anote-se que 46% dos moradores pesquisados não responderam ou não souberam.  

BELEZA: Faltam detalhes e as placas de sinalização para a entrega oficial.  Só elogios para a qualidade do asfalto (57 kms) da rodovia (BR-316) ligando Paraiso das Águas a Costa Rica. A obra iniciada na gestão de Reinaldo Azambuja (PSDB) não sofreu interrupção pelo governo que atua em todas regiões, ignorando o fator político.    

LARANJAL?  O caso da antiga administração da ponte sobre o rio Paraguai na BR-262 pode dar ‘pano pra manga’ se o MPE for fundo e ‘descascar laranjas’. Há chances inclusive de virar combustível nas eleições da capital. A conexão com a exploração  antiga de semáforos do transito em Campo Grande não seria mera coincidência. 

QUEM SERÁ?  Não se sabe que coelho sairá da cartola de Bolsonaro nesta vinda dele à Campo Grande, no próximo dia 24. Haverá sim uma competição acirrada dos grupos e partidos que disputam as suas ‘bênçãos’ para concorrer às eleições de Campo Grande.  Outra pergunta: teremos a ruidosa motociata pela avenida Afonso Pena? 

ALERTA:  O ex-prefeito Marcos Trad (PSD) e o senador Nelson Trad (PSD), estariam impedidos de participar destas eleições na capital como candidatos a vereança, prefeito e vice-prefeito. O veto para esses cargos decorre dos efeitos da ‘inelegibilidade reflexa’ e atingiria também o ex-deputado Fabio Trad (PSD). Pela jurisprudência do TSE o objetivo é evitar a perpetuação de grupos familiares no poder.  

INELEGIBILIDADE REFLEXA:  O termo se refere à inelegibilidade do cônjuge ou companheiro (a) e dos parentes consanguíneos ou afins, até o 2º grau ou por adoção, dos chefes do Poder Executivo Federal, Estadual e Municipal ou de quem os tenha sucedido ou substituído dentro dos 6 meses anteriores à eleição, prevista no art 14, § 7 da Carta Magna.  O caso pode fomentar profundo debate jurídico.

CONCLUSÃO: Quais as saídas do PSD?  Opção número 1 é o deputado estadual Pedrossian Neto. Mas falta-lhe estrutura de campanha e ele é parceiro do Executivo como vice-líder do Governo na Assembleia Legislativa. Detalhe: dos 5 vereadores 4 deles já anunciaram que deixarão o partido rumo ao PP.  ‘Salve-se quem puder! ’ 

ENIGMA: De olho na dobradinha em 2026 o senador Nelsinho tende a se aproximar do ex-governador Reinaldo Azambuja (PSDB). Mas o primeiro tijolo deste projeto precisa ser assentado nestas eleições. Com a saída dos vereadores, com Marquinhos e Fábio no sereno, a tendência é o PSD é ficar com menos cartas nesta mesa.   

‘WHATS APP’: Sua influência nas eleições municipais crescerá muito devido as peculiaridades do pleito e a popularização do celular. A figura do cabo eleitoral cedeu lugar às redes sociais com destaque ao ‘Whats App’, mais eficiente e de custo menor. Fofocas, fotografias e denúncias no ‘menu’ do cotidiano da população. Novos tempos. 

‘NO RINGUE’:  De novo há reclamações nos partidos pela cota de dinheiro do Fundo Eleitoral. Como as regras foram mantidas, as discórdias mais comuns são de que os candidatos apadrinhados dos poderosos caciques dos partidos ou a deputados federais acabem sendo os privilegiados com os recursos no total de R$4,96 bilhões. 

VALE A GRANA? Aposto, cada leitor conhece um exemplo. Acho que aprofundar no assunto é chover no molhado. Às vezes ganha aquele candidato com menos dinheiro,  noutra vence quem tem mais recursos e maior estrutura de campanha. Como o universo municipal é menor, há um melhor conhecimento do candidato pelo eleitor.

O CANDIDATO:  Dependendo da dimensão da cidade pesa muito sua biografia, o currículo, a família, postura social e profissional. Esses requisitos podem substituir e até ser mais importantes do que o fator financeiro. Claro que pesará também o cenário reinante na comunidade – sem esquecer o potencial do opositor. 

FAVORITOS: Em tese eles existem em cima das pesquisas – que as vezes nos remetem às previsões dos horóscopos. Ora!  Fossem elas infalíveis, todo esse processo eleitoral desgastante poderia ser evitado. Mas não é nada disso. O eleitor, pobre, rico, feliz ou revoltado precisa ser ouvido sem discriminação. É aí que a porca torce o rabo.

TOSTÃO X MILHÃO:  Entraram para o folclore aqueles casos em que candidatos tidos como pobres venceram oponentes ricos. Hoje não é assim porque as diferenças e condições podem ser niveladas por vários fatores. Havendo comparação das qualidades pessoais entre os postulantes, o argumento da riqueza X pobreza é pura demagogia.

FAMÍLIAS: “ ( )...Há famílias doces. Outras, meio amargas. Outras apimentadíssimas. Há também as que não têm gosto de nada, seriam assim um tipo de Família Dieta, que você suporta só para manter a linha. Seja como for, família é prato que deve ser servido sempre quentíssimo. Uma família fria é insuportável, impossível de se engolir...Enfim, receita de família não se copia, se inventa....(-).” (Do livro ‘Arroz de Palma’, de Francisco Azevedo)

PILULAS DIGITAIS:
Tô adorando a Marta como a cereja do Boulos. (José ‘Macaco’ Simão)
Não há admiração mais deliciosa do que a do inimigo. (Nelson Rodrigues)
A vida não é fácil. Acostume-se a isso! (Bill Gates)
Arapongas (PR): 118 mil habitantes - com 380 indústrias de móveis. 
Somos carteiros: temos a missão de caprichar na entrega, evitar que a carta chegue molhada e, principalmente, gostar do que fazemos. (Ronald Golias)
Padre Kelmon – candidato a prefeito de São Paulo? O ‘show’ não pode parar! 
 ‘Governo esquadrilha’: em 2023 jatinhos da FAB efetuaram 1.484 voos com ministros .

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