Nesta terça-feira, o mercado físico de boiada gorda registrou novos repiques alta nos preços em grande parte das praças pesquisadas pela IHS Markit. Ao passo em que as escalas de abate estão encolhendo e a oferta de gado disponível é enxuta por todo o país, indústrias adentram no mercado ofertando valores acima dos patamares vigentes, de modo a garantir volumes de animais para dar continuidade em suas programações de abate.
Na região Centro-Sul do país, a oferta é mais restrita e limita fortemente o avanço das escalas de abate, mesmo com preços em guinadas positivas. A boiada disponível terminada em pasto já está praticamente exaurida e os volumes negociados remetem a lotes pequenos de animais oriundo de confinamento. As operações de confinamento no primeiro giro estão fortemente comprometidas e é o fator que mais impacta na formação dos preços neste período, resultando em oferta praticamente nula.
Os preços seguem em tendencia altista na região do Centro-Sul do país, porém pode-se observar tendência de manutenção no curtíssimo prazo, pelo menos nas praças de SP. A indústria paulista opera com volumes de animais provindos de contratos de oferta de boi a termo que estão sendo liquidados neste período, bem como confinamentos verticalizados, o que garante neste momento uma oferta mínima para operação das unidades.
Entretanto, deve-se ressaltar em que estes volumes darão tração para as próximas semanas, o que não garante condições suficientes a partir de meados de julho. Assim, a IHS Markit observa que, a partir do período de exaustão destes volumes condicionados atuais, associados a uma oferta ainda mais restrita nas últimas semanas do próximo mês, novos ajustes nos preços devem ganhar força e registrar novos incrementos.
Os gargalos de oferta serão o pano de fundo para o panorama de mercado ao longo dos próximos meses. Este ambiente de boiada gorda enxuta já condiciona forte apreciação nos preços do mercado futuro, qual registram avanços principalmente nos vencimentos onde a oferta deverá ser ainda mais reduzida, como em julho e agosto.
A IHS Markit observou avanços de preços nas praças pecuárias do país em distintas regiões, refletindo que o movimento altista é generalizado e as condições atuais de mercado já não são fatores particulares de acordo com as regiões produtoras.
A terça-feira foi de incremento de preços em todas as praças pecuárias no MT, fundamentados por indústrias que trabalham com escalas entre 5 e 7 dias. No norte do país, sobretudo no PA, pecuaristas que ainda possuem lotes de animais trabalham com a retenção de forma a garantir preços remuneradores e garantir caixa, haja visto o forte incremento dos insumos e dos custos operacionais. Em Marabá, houve avanço de R$ 265 para R$ 288 e em Redenção, de R$ 275 para R$ 290.
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