O mercado físico de boi gordo apresentou negócios acima da referência média ao longo da semana, com as escalas de abate apertando em alguns estados, o que levou os frigoríficos a trabalharem com preços mais altos na arroba.
O analista de Safras & Mercado, Fernando Iglesias, destaca que o feriado no meio da semana dificultou as negociações na compra de gado, forçando frigoríficos de estados como São Paulo e Goiás a pagarem mais pela arroba.
Iglesias ressalta que a demanda de carne bovina está em seu ápice, com a entrada do décimo terceiro salário na economia, as confraternizações de final de ano e a criação de postos temporários de emprego.
Todo este cenário faz com que as indústrias tenham a necessidade de manter as escalas de abate relativamente confortáveis para atender esse consumo.
Preços internos do boi gordo
Em São Paulo, Capital, a referência para a arroba do boi a prazo foi de R$ 240,00, alta de 2,13% frente aos R$ 235,00 praticados na semana passada. Em Dourados (MS), a arroba foi cotada em R$ 230,00 na modalidade a prazo, estável frente ao fechamento da última semana.
Em Cuiabá (MT), a arroba se manteve em R$ 209,00. Em Uberaba (MG), o preço a prazo foi cotado a R$ 230,00 por arroba, inalterado frente à última semana. Em Goiânia (GO), a indicação foi de R$ 235,00, avanço de 2,17% em relação aos R$ 230,00 da última semana.
Preços dos cortes mostram reação
Iglesias destaca que os preços dos cortes do traseiro avançaram 0,53% ao longo da semana, de R$ 19,00 para R$ 19,10, em meio à expectativa de uma demanda mais aquecida nos meses finais do ano.
Já os cortes do dianteiro, acabaram tendo uma valorização de 0,78%, passando de R$ 12,80 para R$ 12,90. O analista ressalta que, após a volta do feriado, os preços se mantiveram, embora a expectativa ainda seja de alta no curto prazo, em linha com o período auge do consumo no mercado interno.
Segundo ele, é importante mencionar que o perfil de consumo para essa época do ano sinaliza a preferência por cortes de maior valor agregado, considerando a capitalização da população.
Exportações de carne fresca
As exportações de carne bovina fresca, congelada ou refrigerada do Brasil renderam US$ 336,654 milhões em novembro (7 dias úteis), com média diária de US$ 48,093 milhões.
A quantidade total exportada pelo país chegou a 73,205 mil toneladas, com média diária de 10,457 mil toneladas. O preço médio da tonelada ficou em US$ 4.598,80.
Em relação a novembro de 2022, houve alta de 23,7% no valor médio diário da exportação, ganho de 40,5% na quantidade média diária exportada e desvalorização de 12% no preço médio. Os dados foram divulgados pela Secretaria de Comércio Exterior.
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