Um homem de 43 anos procurou a polícia civil de Aquidauana, cidade localizada na região do Pantanal, nesta terça-feira, dia 12 de novembro, após o filho de 8 anos não ser autorizado a ir ao banheiro e pedir que o pai o buscasse na escola para que pudesse fazer as necessidades fisiológicas em casa.
O professor Michel Estadulho, contou que o filho estava com o celular porque a esposa estava em uma viagem de trabalho, e instruiu o filho a usar o aparelho somente em emergências. Foi quando recebeu a mensagem e foi para a escola.
“Quando vi a mensagem, disse a ele que iria até a escola. Eu e minha esposa estudamos lá na juventude, todos conhecem minha família, e não há sentido em proibir a criança em ir ao banheiro”.
Michel disse que recebeu a mensagem por volta das 16h30. Ao chegar no local ele foi recebido pela professora que questionou em voz alta por que o aluno havia usado o telefone, já que é proibido o uso durante as aulas.
O professor disse ainda que o filho tem o hábito de lavar-se quando evacua e por isso não costuma fazer necessidades fisiológicas na escola, portanto, o fato do menino ter pedido a ele que fosse buscá-lo foi uma "emergência, algo que qualquer pessoa está sujeita".
Em seguida, o professor disse que chamou o filho para ir embora, quando foi barrado pela professora que teria argumentado que o aluno não iria se ausentar da sua aula. O pai saiu com o menino, deixou-o no carro e foi até a coordenação da escola informar o ocorrido.
“Eu disse que voltaria rápido. Fui até a coordenação para contar o que aconteceu, a professora deixou os alunos na sala e me seguiu. Lá, disse que faria um boletim de ocorrência, foi quando voltei para o carro e meu filho já havia defecado”.
Durante esse tempo, a criança evacuou na bermuda e começou a chorar. Em seguida, Michel foi até a delegacia, onde foi instruído a levar a criança para casa, e depois retornou para registar o boletim de ocorrência.
“Enquanto fui à delegacia ele ligou para a mãe, chorando, disse que não queria mais frequentar as aulas e que apesar de amar a professora, não confiava mais nela. Meu filho é um garoto tranquilo, e mesmo que não fosse, se a criança diz que não está bem e precisa ir ao banheiro, é direito dela”.
Michel disse que o filho se sentiu culpado pela situação e ficou abalado ao ver a professora questionando-o na frente dos colegas sobre ter usado o celular.
"Ele perguntou a mim e à mãe: 'Por que ela fez isso comigo? Por que não me tirou da sala para falar comigo e com papai? Ela ficou brava e não deixava papai me levar'", relata.
A mãe do garoto, ainda em viagem, entrou em contato com a diretora da escola por mensagem questionando a ação da professora. Em resposta, a diretora disse que estava em Campo Grande em um curso, que o menino não havia pedido para ir ao banheiro e que teriam que conversar para entender a situação.
O que diz a Secretaria de Educação
Em nota, a SED (Secretaria de Estado de Educação), informou que por intermédio da Coordenadoria de Gestão Escolar (Coges), entrou em contato com a direção da EE Coronel Alves Ribeiro e foi informada que, em momento algum, o estudante comunicou à professora o desejo de sair da sala para ir ao banheiro.
"O aviso, por parte do aluno, foi enviado - via mensagem de celular - diretamente ao pai, que foi até a escola para buscar a criança. Contudo, de acordo com a direção, ao chegar na EE o responsável se dirigiu de forma ríspida e empurrou uma das servidoras enquanto era impedido de ir até a sala de aula, uma vez que não havia se identificado antes de entrar na unidade.
De acordo com a equipe de gestão da escola, os familiares/responsáveis não informaram à direção qualquer tipo de restrição do estudante quanto ao uso do banheiro na escola, fato esse observado nos hábitos do aluno. A SED lamenta o ocorrido e informa que seguirá com o acompanhamento do caso junto à gestão da unidade escolar", diz a nota.
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