O Ministério Público Federal em Mato Grosso do Sul (MPF-MS) denunciou 19 pessoas pela morte do cacique guarani-kaiowá Nísio Gomes, de 55 anos. A denúncia foi feita em agosto e divulgada pelo órgão nesta segunda-feira (26). Até o mês de novembro, o processo correu em segredo de justiça.
Segundo o MPF-MS, os réus respondem por homicídio qualificado e por outros crimes relacionados à tentativa de expulsão dos indígenas do acampamento Guaiviry, localizado em Aral Moreira, distante 402 km de Campo Grande, região sul do estado.
Entre os réus estão fazendeiros, advogados e um secretário municipal, além de um proprietário e funcionários de uma empresa de segurança privada. Segundo o MPF-MS, sete deles continuam presos.
Dos 19 acusados, três respondem por homicídio qualificado, lesão corporal, ocultação de cadáver, porte ilegal de arma de fogo e corrupção de testemunha; quatro por homicídio qualificado, lesão corporal, ocultação de cadáver, porte ilegal de arma de fogo; e 12, por homicídio qualificado, lesão corporal, formação de quadrilha ou bando armado e porte ilegal de arma de fogo.
A morte do cacique Nísio Gomes ocorreu durante um ataque ao acampamento Guaiviry, no dia 18 de novembro de 2011. Além dele, o indígena Jhonaton Velasques Gomes foi ferido. Os acusados utilizaram ao menos seis armas de fogo calibre 12 na ação.
A denúncia do MPF, descreve que o crime repercutiu internacionalmente e colocou em foco o “ambiente onde imperam o preconceito, a discriminação, a violência e o constante desrespeito aos direitos fundamentais” dos cerca de 44 mil índios guarani-kaiowá e guarani-ñandeva que vivem em Mato Grosso do Sul.
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