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POLÍTICA

PSL lança nome para Prefeitura de Dourados e senadora descarta aliança com tucanos

17 agosto 2019 - 11h30Por André Bento

Partido do presidente Jair Bolsonaro, o PSL já definiu nome para disputar a Prefeitura de Dourados nas eleições de 2020. Dirigente da sigla no município, o empresário Aristeu Carbonaro vai tentar a sucessão de Délia Razuk (sem partido) com aval da senadora Soraya Thronicke. Segundo ela, a tendência é não haver aliança com o PSDB do governador Reinaldo Azambuja "de forma alguma" e existe até mesmo possibilidade de chapa pura.

Esses anúncios foram feitos pela senadora durante evento de filiação ao PSL na manhã de sábado (17), na Câmara de Vereadores. Segundo ela, só haverá coligação na majoritária caso surja outro partido extremamente alinhado com as diretrizes do atual presidente da República.

“Aristeu Carbonaro, presidente municipal do partido, é o único nome aprovado pela nacional. Estamos buscando uma vice, de preferência mulher, mas do meio comercial e não do meio político. Não vamos nos aliar - de preferência não, não vou dizer dessa água não beberei -, mas nós preferimos quem não seja da política, profissionais liberais, empresários, até mesmo funcionários públicos que tenham respeitabilidade, sejam honrados na cidade”, afirmou.

Ao Dourados News, Aristeu Carbonaro confirmou ser nome de consenso do PSL para disputar a prefeitura da maior cidade do interior de Mato Grosso do Sul. “Será uma grande honra ter o Bolsonaro ao lado no palanque. O PSL, hoje sendo o maior partido do Brasil, partido do presidente Bolsonaro, da senadora Soraya, pode realizar uma grande campanha e ser contemplado com vários vereadores em Dourados”, disse.

Sobre a pretensão de Rodolfo Nogueira de também entrar na disputa para ser candidato, considerou ser difícil. “O PSL já tem os nomes e o Rodolfo não está dentro dessa situação”, informou.

Segundo Soraya Thronicke, mesmo deixando seu suplente Rodolfo Nogueira fora dessa disputa para qual ele mesmo já se propôs a entrar, não há racha no PSL.

“O PSL fez mais de 670 mil votos e desses votos todos, em torno de 550 mil estão comigo, com o Trutis e o Contar [deputados estadual], os eleitos, Ovando [deputado federal] cai lá, inclusive aqueles candidatos que não foram sequer eleitos estão conosco a maioria. Isso não é racha”, ponderou, esquecendo de citar o deputado estadual Coronel Davi.

Ainda sobre Nogueira, alvo de denúncia do MPE-MS (Ministério Público Estadual) por supostamente tê-la ameaçado, Soraya minimizou.

“Existem pessoas que estão desalinhadas completamente com o partido, o caso deles, que caminharam completamente em via diversa, não digo que estão certos ou errados, só que caminham diferente das diretrizes do partido”, opinou.

Natural de Dourados, Soraya Thronicke debutou na política nas eleições gerais de 2018, quando foi eleita para o Senado Federal com 373.712 votos, alinhada com Jair Bolsonaro, vencedor do pleito pela Presidência da República. Mesmo assim, avalia que a coligação feita em Mato Grosso do Sul foi um estelionato eleitoral.

“A coligação que foi feita a contragosto dos candidatos atrapalhou a eleição do Sindolei Morais, que fez 20 mil votos. As pessoas que votaram 17, na legenda, foram enganadas. Achavam que estavam elegendo os candidatos do Jair Bolsonaro e elegeram a velha política. Isso foi um estelionato eleitoral. Estou até hoje sem voz, desde a campanha, de tanto pedir para votarem no número e não no 17, infelizmente esse tipo de atitude fez eleger pessoas da velha política que não queríamos”, queixou-se.

A senadora diz que há possibilidade de disputar as prefeituras dos 79 municípios de Mato Grosso do Sul, mas o PSL deve priorizar a qualidade dos candidatos em detrimento da quantidade.

“Vamos lançar um número de candidatos a prefeito que nós tivermos segurança absoluta para avalizar essas pessoas. O partido vem primeiro com compromissos de compliances, as pessoas terão que assumir compromissos conosco um pouco além daquele do estatuto do partido. O estatuto fala, mas muita gente não cumpre as regras. As pessoas têm que estar completamente alinhadas com as diretrizes do partido e do presidente Jair Bolsonaro”, explicou.

Além disso, Soraya Thronicke adiantou que todos os pretensos candidatos em Mato Grosso do Sul terão suas fichas criminais analisadas. “Se a pessoa tiver uma ‘capivara’ [ficha criminal], porte ilegal de arma de fogo, ameaça, mandar o gado para pastar em terras alheias, esse tipo de gente está fora do partido, completamente fora”, anunciou.

No caso da disputa em Dourados, a senadora já adiantou, de antemão, tendência de não haver alinhamento com o PSDB, partido do governador do Estado, Reinaldo Azambuja, que apoiou e foi apoiado por Bolsonaro no pleito de 2018.

“O governo do Estado, o PSDB, é um partido de esquerda, não é um partido alinhado. Foi feita essa coligação a contragosto da nacional, não é um partido que caminha conosco, eles não têm diretrizes parecidas com as nossas, não são liberais na economia, e atitudes de inchaço de Estado não condizem com o que nós acreditamos”, pontuou.

“A tendência é não caminhar com o PSDB de forma alguma, a gente vem ou de chapa pura ou com algum partido que se mostre extremamente alinhado, porque se for mais ou menos alinhado, não”, garantiu, acrescentando que até mesmo o DEM, base governista em Brasília, não tem agradado.

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