O candidato ao governo pelo PDT, juiz aposentado Odilon de Oliveira, disse na manhã desta segunda-feira (20/8) que não fez qualquer ataque para o senador Pedro Chaves (PRB), que deixou a disputa pela reeleição em sua chapa na semana passada, alegando incoerência por parte do partido.
Em entrevista à Rádio CBN de Campo Grande, ele afirmou que a nota a qual assinou fazendo menção a ‘covardia’ e não fugir de desafios era endereçada àquelas pessoas que citam sua desistência na corrida eleitoral.
“Não fiz nenhuma manifestação pública no que diz respeito ao Pedro Chaves. O que publiquei não cita sequer o nome do senador. A imprensa faz a interpretação dela. Não publiquei nota para atacar Pedro Chaves”, afirmou.
Porém, ele consentiu sobre o ‘peso’ da manifestação. “Foi um pouquinho mais forte para servir de remédio ou de calmante para aquelas pessoas que insistem em dizer que sou homem de desistir. Nunca desisti nem diante de bala, quanto mais diante de ataques que não levam a nada”, finalizou.
Nota
Na semana passada, logo após o anúncio da renúncia do senador Pedro Chaves em disputar a reeleição, o juiz aposentado divulgou nota onde colocou não se acovardar diante da batalha.
“A desistência, mesmo no começo da batalha, é um autêntico exemplo de covardia, de desmerecimento da confiança alheia”, diz trecho da manifestação.
“Quando resolvi deixar o cargo de juiz federal para ingressar na política, impus uma condição: não aceitar corruptos ao meu lado. Esqueci-me de incluir os covardes”, relata outro trecho.
Veja a nota na íntegra:
Quando resolvi deixar o cargo de juiz federal para ingressar na política, impus uma condição: não aceitar corruptos ao meu lado. Esqueci-me de incluir os covardes.
A honestidade não e uma virtude, mas um dever. Na política, arte de transformação da sociedade, antes sozinho do que mal acompanhado ou junto com egoístas, frouxos, covardes ou venáveis, sob pena de se andar pelo caminho de sempre.
A desistência, mesmo no começo da batalha, é um autêntico exemplo de covardia, de desmerecimento da confiança alheia. O verdadeiro soldado é aquele disposto a morrer lutando, se preciso for. O resto é simplesmente o resto.