A maior cidade do interior do Estado conseguiu manter estável o saldo de empregos durante o mês de maio segundo o Caged (Cadastro Geral de Empregados e Desempregados), divulgado pelo Ministério do Trabalho. Analisando dados dos anos anteriores, também é possível crer numa recuperação da economia local.
Apesar de negativo, o resultado final do mês em -17 ocupações não é alarmante. Na verdade, se comparado ao ano passado é motivo para comemorar. Em 2017 o saldo final ficou em -39 contratações, avançando 56,4% neste ano.
Detalhadamente, foram registradas 1.978 admissões em contrapartida a 1.995 demissões.
O balanço também revela que pouco mais de um quarto da população douradense possuía emprego formal em 1° de janeiro de 2018, contabilizando 57.040 postos ocupados. Segundo o último registro do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), a cidade abriga 215.468 habitantes.
O setor com melhor saldo foi o administrativo. Foram efetivadas a contração de 90 assistentes contra 38 demissões, resultando em um saldo positivo de 52.
Já a área com pior índice foi a índustria, com resultado final negativo de -31 na função alimentador de linha de produção. Foi registrado 164 desligamento para 133 novas ocupações.
LEVANTAMENTO DO ANO
Ao analisar os registro de janeiro a maio deste ano é possível perceber uma possível recuperação na ocupação dos postos de trabalho em relação aos dois últimos anos. O saldo positivo foi de 323 quando em 2017 o mesmo período registrou 48 e em 2016 apenas três.
Essa variação é a diferença entre o número contratações pelo número de demissões.
Em entrevista ao Dourados News, o economista e professor da UFGD (Universidade Federal da Grande Dourados) Enrique Duarte, diz que "é inseguro afirmar com convicção e precisão o fato da recuperação", isso porque a conjuntura política do Brasil durante esse período sofreu diversas transformações.
"Desde 2015 [quando os registros mostravam um saldo positivo de 529 ocupações] nosso País vem passando por grandes transformações no âmbito da política. Isso impacta diretamente na economia. Eu acredito que a partir da queda da ex-presidente Dilma Rousseff (PT), as políticas econômicas aplicadas pelo governo posterior aqueceram as empresas, gerando expectativa e segurança para ampliação", afirmou o economista completando que, "apesar dos dados demonstrarem, essa tal recuperação ainda é indefinida e, especialmente neste ano eleitoral, uma incógnita".
No Brasil, os anos de 2015, 2016 e 2017 apresentaram variações significativas para a vida do trabalhador.
No primeiro ano, a variação do saldo de empregos estava negativa em -278 mil vagas, já no ano seguinte o número quase dobrou, atingindo 458 mil postos negativos. A partir de 2017 a situação começa a melhorar e nos cinco primeiros meses o saldo fica positivo com variação final de 25 mil ocupações, saltando para 344 mil neste ano.
ESTADO E PAÍS
Em 2018, Dourados foi um reflexo da situação a nível estadual e nacional. Mato Grosso do Sul fechou maio com saldo positivo em 5.524 ocupações enquanto em todo País o índice foi de 344.718.