O ministro da Economia, Paulo Guedes, afirmou nesta quinta-feira, dia 23 de janeiro, que o governo avalia uma cobrança de tributos sobre cigarros, álcool e produtos com açúcar numa eventual proposta de reforma tributária a ser apresentada pela equipe econômica.
Em Davos, na Suíça, onde participa do Fórum Econômico Mundial, o ministro disse que o sistema tributário de vários países prevê a cobrança do "imposto do pecado" para diminuir o consumo de cigarros, álcool e produtos com açúcar.
"Não tem nada definido, tem um grupo fazendo a reforma tributária. Fala-se de tributos e impostos e existe esse conceito de tributar coisas que fazem mal para a saúde", disse Guedes em entrevista concedida para a GloboNews.
Segundo o ministro, a proposta da reforma tributária do governo deve ser apresentada num prazo de duas a três semanas.
Guedes apontou que as reformas estão caminhando e descreveu o pacto federativo como "pacto mais Brasil, menos Brasília".
Na entrevista, Guedes também disse que é possível o surgimento de uma moeda continental na América do Sul. "Eu brinco e chamo [a moeda] de peso-real porque todas as moedas na América Latina são pesos, e o Brasil tem real."
Mais cedo, o ministro da Economia afirmou que o dólar deve diminuir a sua importância e o mundo poderá ter 4, 5 ou 6 moedas fortes daqui a 20 anos.
"Uma moeda continental seria muito interessante para o Brasil. E eu não tenho dúvida nós vamos avançar em direção para a conversibilidade. Isso é um projeto nosso, de governo. O Banco Central vai trabalhar buscando a conversibilidade do real. O real vai virar uma moeda forte no continente", disse.