Já disponível em todas as plataformas digitais desde 30 de setembro, o disco UNA, da cantora e compositora Erika Espíndola tem seu lançamento agendado para segunda-feira, 21 de outubro, em show no Blues Bar, em Campo Grande.
Com 8 faixas, todas em inglês, e compostas por Erika e seu produtor, Julio Queiroz, a obra surpreende pela qualidade e tem um forte apelo ao blues, rock, folk e soul. Para a artista, o trabalho surgiu de uma necessidade pessoal. “Eu acredito que a melhor forma de você vencer uma insegurança é se expondo a ela, se jogando e fazendo aquilo que mais te assusta,” diz Erika, de 32 anos, quase todos dedicados à música.
Apesar da voz forte e da atitude “rock and roll”, Erika não hesita em expor que nunca se sentiu confiante o suficiente para escrever músicas suas. “Mesmo eu sendo formada em jornalismo e tendo a escrita como algo muito natural desde criança, transformar escritos em música sempre foi um bicho de sete cabeças pra mim. Então eu aproveitei essa insegurança que me incomoda muito e juntei com uma fase extremamente conturbada e criativa para exercitar a composição com o Júlio. Parece que deu certo”, ela comemora.
As faixas, escritas em inglês, refletem a irreverência e a dualidade da artista que Erika se tornou com o passar dos anos. Quando interrogada a respeito do motivo de ter escrito as faixas em inglês, ressalta que ali se sente mais a vontade para falar de coisas mais pessoais. “Sei que hoje com a internet muito fácil traduzir tudo. Mas compor em inglês é uma zona de conforto que ainda prefiro manter. Uma coisa de cada vez, né? Quem sabe o próximo álbum não vem com letras em português também...”
Erika conta que a real inspiração para o disco começou em 2018, ano de muitas mortes em sua vida. O infarto sofrido pelo pai, o fracasso de um projeto pessoal grandioso e com seu produtor musical na iminência de mudar do País foram combustíveis para a criação de um álbum que fala de revolta, dúvida, medo, espiritualidade, renascimento, fé (e falta dela). A canção “Guy With A Halo” está presente no álbum e foi uma das ‘culpadas’ pela sua existência. “Quando finalizamos a música acabei enviando esse material para alguns blogs especializados do mundo todo. Para minha felicidade, o BuzzMusic, de Los Angeles, gostou do som e publicou um artigo recheado de elogios. Aquilo sem dúvida foi o empurrão necessário para que eu expandisse a criatividade e tomasse coragem para ‘parir’ um disco solo’, ela explica.
Apesar da ansiedade e do nervosismo, Erika Espíndola afirma que tudo que ela almejava com esse álbum foi conquistado: superação de vários medos e monstros internos, além de ter muito orgulho do trabalho feito. “Enquanto eu ia pensando no disco eu só me focava em fazer algo que eu quisesse ficar ouvindo o dia todo, sabe? Algo que conversasse comigo de forma semelhante a como Norah Jones conversa comigo, Alabama Shakes, Amy Winehouse, The Black Keys... Era minha única exigência comigo mesma. Acho que aconteceu e estou muito feliz com o resultado,” finalizou.
Confira o álbum UNA clicando aqui.