O dólar fechou em queda nesta quarta-feira (10), após parecer favorável do relator à reforma da Previdência na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) da Câmara, e monitorando dia de agenda cheia no exterior, segundo a Reuters.
A moeda norte-americana caiu 0,79%, vendida a R$ 3,8228.
O relator da Previdência na CCJ, deputado Delegado Marcelo Freitas (PSL-MG), apresentou um parecer favorável à proposta encaminhada pelo governo, mas recomendou que sejam feitos "ajustes" na técnica legislativa e pediu que o mérito seja analisado com "profundidade" para verificar a "conveniência" e a "justiça" das novas regras.
Após mais uma sessão tumultuada no colegiado, o texto voltará a ser discutido a partir da próxima segunda-feira para ser votado até 17 de abril.
"Mesmo com todas as fichas sendo direcionadas na aprovação da reforma, a apreensão fica por conta da sua essência. Resumindo, o objetivo de uma economia de 1 trilhão de reais em 10 anos será ou não alcançado?", ponderou em nota o operador de câmbio da Advanced Corretora Alessandro Faganello.
Ainda na noite de terça-feira, o governo aprovou um pagamento de US$ 9,058 bilhões à Petrobras na renegociação da cessão onerosa.
Em meio a dificuldades fiscais, o governo deverá usar parte dos recursos arrecadados com o leilão do excedente do contrato da cessão onerosa, previsto para 28 de outubro, para pagar os montantes da renegociação à Petrobras.
Cenário externo
No exterior, o apetite por risco que predominava nos últimos pregões se esvaiu depois que o Fundo Monetário Internacional (FMI) cortou suas projeções de crescimento global na véspera e com tensões comerciais renovadas entre Estados Unidos e Europa.
Tendo esse cenário como pano de fundo, investidores voltaram as atenções nesta quarta-feira para a decisão do Banco Central Europeu, que manteve a política monetária e orientação apesar da forte desaceleração no crescimento econômico do bloco.
O mercado também monitorou a divulgação da ata da última reunião do Federal Reserve. Os integrantes do banco central norte-americano concordaram em ser pacientes sobre qualquer mudança na política monetária.