O assassinato da copeira Katiusce Arguelho dos Santos, de 31 anos, ocorrido na noite de ontem (22), em Campo Grande, pode ter sido premeditado, de acordo com a Polícia Civil. O Correio do Estado divulgou uma reportagem há pouco, afirmando que a PC trabalha com essa hipótese que o suspeito Bruno Mendes de Oliveira, de 29 anos, tenha planejado o feminicídio após descobrir que a vítima estava se envolvendo com outra pessoa.
A mulher deixa seis filhos de outros casamentos, com idades entre quatro e 17 anos.
Katiusce foi morta com 18 facadas na casa de Bruno e não na própria casa, conforme noticiado antes, localizada na Rua Internacional, no Jardim São Conrado. Ela foi atingida seis vezes no braço direito, nove no braço esquerdo, duas no pescoço e uma nas costas.
Ainda conforme o Correio do Estado, o autor teria cortado profundamente o pescoço e os pulsos, para garantir que ela morresse antes de ser socorrida. Bruno está foragido desde então.
Diferente do que foi informado pela PM, o crime ocorreu entre às 18h08, horário em que Katiusce falou pela última vez com familiares, e às 20h30, quando o corpo foi encontrado. A Polícia Civil também informou que o filho de 11 anos da mulher estava na casa de Bruno assistindo TV a cabo.
O homem atuava como auxiliar de limpeza, mas teria sido demitido recentemente por causa do envolvimento com drogas.
‘Motivo’
O casal, que não tem filhos, ficou junto por dois anos e estava separado há quatro meses. Entretanto, a mulher voltou a se encontrar com Bruno, sem compromisso sério, ao mesmo tempo em que saía com outro ex. É possível que Bruno tenha descoberto a outra relação e arquitetado o plano para se vingar.
A mulher havia combinado de passar na casa dele após o trabalho, para buscar o filho e ajudar o homem na venda de uma geladeira. Pouco antes da chegada dela, Bruno deu um celular para o menino e mandou ele sair para brincar, recomendando que ele não contasse para ninguém que sua mãe estava vindo.
Por volta das 20h30, os filhos encontraram o corpo e acionaram o socorro, mas ela já estava morta. A PM fez buscas pela região, mas não encontrou o autor. Um aposentado de 77 anos relatou que o casal discutiu com frequência e que na manhã de sábado, enquanto saía de casa, flagrou a vítima sendo agredida e, por medo, voltou e entrou no portão. O caso é investigado pela Delegacia de Atendimento à Mulher (Deam).