O domingo foi um dia de fortes emoções para os amantes do futebol. Corinthians conquistando a taça do Campeonato Paulista no Itaquerão sobre o São Paulo, enquanto no Maracanã, no Rio, o Flamengo encarou o Vasco da Gama e saiu vitorioso com a taça do ‘Cariocão’.
Mas, apesar da alegria, o pós-festa dos torcedores douradenses marcou o início da semana e deixou muito comerciante decepcionado. O fato é que na avenida Weimar Torres, entre a avenida Presidente Vargas e a rua João Rosa Góes, o lixo tomou conta dos canteiros e calçadas e teve até estabelecimentos com rastros de urina.
Garrafas, latas, copos, pacotes plásticos, bitucas, sacolas, tudo em grande volume e que deveria ter sido recolhido pelos próprios consumidores. O Dourados News foi ao local e conversou com populares.
Segundo o comerciante João Dias, ficou evidente que para essas pessoas, respeito é a última coisa que importa. “Urinaram tudo aqui na minha porta. Cheguei cedo e essa bagunça aqui. Eu e a minha mulher tivemos que limpar a sujeira e o xixi dos outros. É um absurdo”, reclamou.
Ele costuma chegar às 7h para abrir o camelô. Hoje, o início do trabalho atrasou e o casal teve de pegar rodo, vassoura e mangueira para tentar amenizar os impactos da falta de educação de alguns torcedores. “As autoridades deveriam intervir nisso aqui. Todo jogo é isso. Estou aqui há 30 anos e toda vez é isso. Pura falta de educação”, finalizou.
O vizinho dele, que optou por não se identificar, pensa que as autoridades não devem ser responsabilizadas pela falta de conscientização das pessoas. Para ele, cada um deveria ter feito a sua parte. “Se fosse assim hoje estaria diferente. Ninguém teria que limpar a sujeira de ninguém. Falta de respeito a gente resolve é com consciência individual”, disse.
Recentemente o Dourados News noticiou um fato semelhante na Praça Antônio João, quando foliões deixaram o local público completamente sujo após festanças de carnaval. Na época encontramos a agente de limpeza Rosângela Lemes dos Santos, que estava encarregada de organizar toda bagunça deixada na praça.
Hoje pela manhã a encontramos novamente. Com um sorriso disfarçado ela já acenou para nossa equipe e disse “mais uma né”. A trabalhadora, que atua com limpeza de rua há mais de 5 anos, disse que tornou-se costume encarar esse tipo de realidade.
“O povo não aprende. Aqui falta consciência, respeito, cuidado com a cidade. Falta tudo”, disse. Ao final, na despedida, Rosângela não perdeu a oportunidade de manifestar a sua esperança com o ser humano. “Tomara que eles aprendam”, ressaltou.