O vereador Junior Rodrigues (PR) disse desconhecer o que motivou, por parte da advogada e ex-vereadora Virgínia Marta Magrini, o pedido de cassação do mandato do parlamentar por crime de responsabilidade político-administrativo.
Ela embasa o documento com dados da CGU (Controladoria-Geral da União), relatando sobre uma possível ligação entre o ex-líder da prefeita Délia Razuk (PR) e a empresa Global Serv Prestadora de Serviços, na prestação de serviços de lavanderia junto a Funsaud (Fundação de Saúde de Dourados), que administra o Hospital da Vida e a UPA (Unidade de Pronto Atendimento).
Conforme Júnior, a defesa já está analisando o caso. “Desconheço os motivos, já passei para os meus advogados. Tenho total desconhecimento desses fatos e vamos tomar as atitudes que precisam ser tomadas”, relatou ao Dourados News no final da tarde desta segunda-feira (20/5).
O parlamentar disse ainda que aguardará o rito do processo pela Câmara e, caso não seja provado o envolvimento dele nas acusações, a autora da denúncia terá que ‘pagar’.
“Sei que existe algumas falácias a respeito do meu nome. Agora, daqui para frente, depende da posição da Casa. Se for provado que eu desviei dinheiro, é crime e tenho que pagar por ele. Não podemos viver em cima de contos, histórias. Se eu peguei o dinheiro ele tem que estar em algum lugar. Se ela [Virgínia Magrini] estiver com a razão, eu pagarei pelo que eu fiz, mas, se ela não estiver na razão, ela também vai ter que pagar pelas coisas que fala e assina”, pontuou.
Denúncia
Documento protocolado no final da manhã desta segunda-feira pede a cassação do vereador Junior Rodrigues.
De acordo com o documento a qual o Dourados News teve acesso, a denunciante diz que ‘há fortes indícios de que exista uma verdadeira troca de favores neste relacionamento entre a atual gestora e seu líder na Câmara até dezembro de 2018’.
Ela embasa a denúncia em relatos recentes da CGU (Controladoria-Geral da União), apontando para uma possível ligação entre o parlamentar e a empresa Global Serv Prestadora de Serviços, na prestação de serviços de lavanderia junto a Funsaud (Fundação de Saúde de Dourados), que administra o Hospital da Vida e a UPA (Unidade de Pronto Atendimento)
São pelo menos três contratos firmados, dois com dispensa de licitação e outro um pregão com suspeita de ter sido manipulado. Em todos os casos a Controladoria aponta para indícios de superfaturamento.
Os integrantes da empresa contratada pela Funsaud, seriam ex-servidores lotados no gabinete do vereador e outra pessoa que trabalhou na campanha eleitoral de Júnior Rodrigues.
“Desta forma, resta comprovado, o favorecimento da empresa Bataline, que firmou duas dispensas de licitação indevidas e um pregão com indícios de manipulação com a prefeitura Municipal, graças ao bom trânsito (troca de favores) do líder vereador Júnior Rodrigues com a prefeita Délia Godoy Razuk”, finaliza o pedido.