A defesa do vereador afastado Idenor Machado (PSDB) acredita na absolvição do parlamentar no julgamento que começou há pouco na Câmara de Dourados.
Ex-presidente da Casa, ele é apontado como um dos integrantes em suposto esquema de corrupção que fraudava processos licitatórios em troca do recebimento de propinas por parte de empresas de tecnologia de informação, resultando na Operação Cifra Negra.
De acordo com um dos advogados que acompanham o caso, Everton de Brito, a expectativa é de que a votação siga o princípio da isonomia em relação aos outros dois legisladores envolvidos na mesma denúncia, Pedro Pepa (DEM) e Cirilo Ramão (MDB), absolvidos na semana passada.
O vereador Junior Rodrigues (PR), relator da comissão processante que investiga a denúncia contra Idenor Machado, deu parecer favorável à perda do mandato do parlamentar tucano.
Porém, antes, também como relator de outra processante, ele absolveu Cirilo Ramão.
“Esperamos que os vereadores sigam o critério da isonomia, já que os outros dois (Pepa e Cirilo) foram absolvidos. Então não há lógica disso ocorrer [cassação de Idenor]. Se acontecer, será uma clara caça às bruxas”, relatou Everton.
Na Câmara para acompanhar o julgamento, Idenor disse que há um equívoco na decisão da comissão que avaliou o seu caso.
“Com todo respeito da comissão, mas eu tenho certeza que foi um equívoco [parecer favorável] e nossos advogados estão tentando consertar, porque não pode denúncias com dois pesos e duas medidas”, disse.
O vereador afastado ainda afirmou não ter cometido irregularidades que levem a quebra de decoro.
“Nada devo sobre decoro parlamentar nessa Casa. Eu não cometi, porque sou uma pessoa que tem berço. Jamais nessa Casa, alguém viu eu fazendo algo que fosse contra os princípios da constituição pública”, finalizou.
Para que ocorra a cassação, são necessários 13 votos. Na sessão desta segunda-feira, Toninho Cruz (PSB) e Marinisa Mizoguchi (PSB), estão proibidos de opinar.